segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Cadê o crime da Toneleros de Dilma?

Esta é uma pergunta que me faço: Porque tanto ódio?
Porque esta procura insana por um crime da Toneleros para Dilma?
Vamos tentar construir uma pequena história para, talvez, tentar entender.
O Brasil nestes dez últimos anos deve um  aumento receita incrível. Diversos foram os motivos.
Isto permitiu que se ampliasse de maneira significativa uma melhor distribuição de renda, através de diversas ações sócio/econômicas realizadas pelo governo.
Qual o efeito destes fatores no planos econômico. Com o aumento de renda das famílias cresceu também a demanda por serviços. A receita se tornou mais elástica ou seja a capacidade  de consumo aumentou e isto impactou diretamente na cadeia de formação de preços.
Para área de serviços, alimentação e construção civil tivemos um aumento significativo de preços, já na área de produção de bens de capitais e duráveis, muito pouco. A explicação me parece simples. Bens duráveis podem ser importados e há um excesso  de oferta destes produtos no mundo, televisões, celulares, automóveis, máquinas operatrizes, etc, etc, etc....
Lembremo-nos que o dólar no início de 2002 teve um custo médio de R$ 3,00 e hoje está em R$ 2,20. Nestas áreas de bens, o aumento de preço se deu provavelmente pela área de serviço, embutida neste processo e foi bem inferior a das restantes.
Voltando a área de serviços, alimentação e construção civil, os empresários, de micro a gigantes, fizeram o que todos fazem no mundo capitalista, aumentaram seus preços em função do aquecimento da demanda aumentando suas margens de lucro.
Dando dois passos para trás e tentando olhar a economia como um todo, vemos que alguns segmentos da economia ficaram extremamente robustos e outros atrofiaram. Crescemos muito nesta última década, somos a 6ª economia do mundo mas estamos desbalanceados.
Estamos enfrentando agora um período de rebalanceamento. A receita não encolheu mas ficou menos elástica, mais rígida, pois endividamento das famílias aumentou, nada comparado ao endividamento dos países desenvolvidos, bem mais altos, mas elevado para os nossos padrões.
Vulgarmente poderia dizer que independente de qualquer viés politico teremos que tomar uma ação logo a frente: "um freio de arrumação".
Veja bem, precisamos arrumar a casa em uma situação boa. O processo sócio econômico tem que ser rebalanceado porque as condições macro e micro econômica estão mudando. Então pergunto, porque tanto ódio?
Por parte do empresariado de bens duráveis e de capital, principalmente aqueles sitiados em São Paulo este ódio pode, talvez, ser entendido. Neste período de crescimento não houve um planejamento para um aumento de oferta por parte deste segmento, então se culpa o Governo por falta de planejamento e apoio e de se manter uma uma taxa de cambio muito irreal frente ao dólar; leia-se aumentar o preço do dólar, apesar de todos os órgão econômicos internacionais concordarem que nosso cambio é flutuante.
O comportamento deste setor, se levado a um psicólogo qual seria o diagnóstico, pois a culpa de todo o mal, por eles enfrentados, é dos outros.
Quanto a classe média tradicional e conservadora, entendo este desgosto por estar dividindo com a nova classe o espaço que antes lhe era privativo.
Quanto a nova classe média emergente, alguns desgostam também. Porque?
Não sei.  Devem ter copiado muito rápido os maneirismo da classe tradicional. Fora isto nem Freud explica , pois foi a maior beneficiada.
E a Mídia?
Porque desta agressividade ensandecida, esquizofrênica, quando nosso país vive em um dos períodos de maior liberdade de expressão?
Pensando nisto, cheguei a Lacerda e a seu ódio mórbido por Getúlio. As constantes conspirações para não deixar que Getúlio se tornasse um mito, até acontecer o crime da rua Toneleiros.
Atentado a Carlos Lacerda, arquitetado por Gregório Fortunato, chefe da guarda de segurança de Getúlio e aparentemente sem conhecimento de seu chefe.
Getúlio se suicida dias depois e se torna um mito.
Acho que alguns órgãos da mídia enveredaram pelo mesmo caminho de Lacerda. Vêem mal feito atrás de mal feito da administração de Dilma e do PT, procuram ensandecidamente um crime da Toneleros.
Qual o medo?
Que Dilma, Lula ou o PT se tornem um mito?
Estas pessoas não estão prestando atenção no desserviço que estão fazendo a nação.
Para mim e acredito para uma boa porcentagem da população não existem mitos na política mas esta mídia ensandecida pode criar com seus ataques selvagem. Como?
Qualquer que seja o vencedor dos presidenciáveis existe uma forte possibilidade de iniciarmos um ciclo de crescimento logo após a eleição.
Ganhando o PT e iniciando este ciclo, qual será  o "marketing"?
Como será a programa de auto-enobrecimento deste partido?
Afinal alguns órgãos midiáticos estão mostrando o caminho. Ao dizer que é fraco estão mostrando o animo e a robustez, ao tentar uma desmistificação daquilo que não é um mito talvez estejam ajudando a criar um.
Este sem dúvida é um momento bastante singular no nossa história onde um forte pseudo movimento de mudança está sendo criado, sabendo-se que que pouco irá mudar pois estamos bem socialmente e economicamente.
Nestes momentos é bom que um pouco de racionalidade prevaleça.
Um abraço.


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