Temos muitos medos. Parece que todos eles podem estar contidos em dois grandes universos; o medo de te deixar; o medo de te perder. Falo da relação sobre a quem ou aquilo que amamos.
Milhares de livros, em todas as culturas abordaram este tema. Tão universal e tão particular.
Conversávamos a mesa de jantar, fazendo reflexões sobre os dias vindouros. Alguns sonhos a realizar vieram a tona. Promessas a serem cumpridas, mas serão possíveis?
E o Tempo o que fará conosco?
Lembro da história de Jó. Numa aposta entre Deus e Satanás, tudo perdeu. Como entender o que estava acontecendo com ele?
Acontece a cada segundo neste mundo. Pessoas perdem a quem amam e se sentem impotente por não entenderem, por não terem forças para evitar ou simplesmente por ser algo inexorável.
Também a cada minuto tantas pessoas neste mundo tem que deixar para trás a quem ou aquilo que amam. O deixar é mais racional. Na maioria das vezes sabemos as causas. Jacó sabia porque teve que deixar aqueles que amava. Pode ser por um erro, pode ser para proteger ou pode ser por algo inexorável.
Minha Branca mostrou medo e eu também. O tempo é um fator inexorável. Na nossa marcação de tempo, amanhã, no décimo terceiro do mês de agosto completo 22.995 dias que vivo neste mundo.
Sabemos que viver o presente é um constante equilíbrio entre o passado e o presente, mas em determinado momento o passado se agiganta em relação ao futuro. Passado longo e um futuro que inexoravelmente será mais curto do que desejamos. Daí vem o medo de perder, naquele que provavelmente ficará e o medo de deixar, naquele que terá que partir.
Sentado a mesa de jantar nos olhamos com olhos de interrogação.
Uma parte da resposta Branca me enviou hoje: " viva de maneira intensa como sempre viveu e deixe que o futuro se encarregue do resto pois ele é maravilhoso por ser incerto".
Sim, talvez seja por aí. Temos que acreditar que talvez o melhor ainda esteja por vir.
A outra parte da resposta acho que fica no futuro...
Vou procurar com minha Branca.
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
Reflexões de minha Branca
Amor,
Amanhã você comemora
seu aniversário, data muito especial. O mês iniciou com muitas reflexões do meu
leonino, pensamentos não verbalizados, mas visíveis nos olhos. Como sempre
tento interpretar o que se passa na sua cabeça e na minha insistência de
questionamentos você soltou algo sobre o nosso relacionamento, mas ou menos
assim: tanto eu como você temos medo por causa da nossa diferença de idade - O
medo da Branca é de perder (O Rildão) e o medo do Rilden é deixar...
Essa colocação tocou
lá no fundo do meu coração, pois sei o quanto é verdadeira para os dois lados.
Mas gostaria de
complementar tudo isso falando do meu medo, que está no presente. Meu medo
existe por algo maravilhoso que temos construído - no passado (ao longo desses
11 anos juntos) e que continua em curso no presente. Puxa, ninguém gosta de
interromper algo que está bom (afinal time que está ganhando não se mexe)... Aí
vem o medo, que na verdade fica na projeção do futuro. Futuro esse que fazemos
planos lindos.
E me vem um insight,
por que penso no futuro se no relacionamento com o Rilden ele sempre deixou
claro que não existe "garantia" e "estabilidade" no
casamento e que o tratar bem no presente é que mantém o casamento. Acho que ele
fez uma lavagem cerebral comigo porque hoje tenho certeza que o ato de cativar
tem que ser diário para ter meu marido ao meu lado. E acho que isso é muito bom
porque continua tão gostoso estar contigo... Nossa intimidade é crescente e os
laços ficam cada vez mais entrelaçados.
Mas o futuro continua
na cabeça, com meu medo de perder... Afinal meu maridão vai fazer 63 anos! Mas
pensando que meu sogro está rumo aos 93, tá tranquilo tá favorável.
E pensando no hoje,
que é o mais importante, Hoje se perdesse meu maravilhoso Rilden seria parte do
coração arrancado (escrever isso me leva às lágrimas) mas sei que tudo que
vivemos até aqui me forjou. Minha admiração por você moldou muita coisa em mim,
suas doutrinas de vida são mantras que repito como se fossem meus, posso citar
alguns exemplos: "A importância do doar", "De filho não se
separa", "Atitudes são muito mais importantes que palavras",
"Não adianta discutir, tem que resolver", etc.
Então meu amor, viva
desse seu jeitão intenso que Deus vai continuar te abençoando para você sempre
ser essa linda semente que cultiva meu coração e dos nossos filhos também.
Te amo muito.
Sua Branca
sábado, 6 de agosto de 2016
Negociando com Deus
Me pego com muito mais constância conversando com Deus. Não, o melhor verbo é negociando com Ele. É, realmente acho que o temor está aumentando.
Confessando poderiam dizer; medo da morte?
Não, nem tanto. Parafraseando o poetinha diria; são muitos os perigos desta vida.
O olhar para trás me mostram as sendas por onde caminhei e as que vi caminharem. Algumas alegrias em grandes encontros e muitas tristezas em pequenos desencontros.
Algumas sendas ainda terei que percorrer. Passo curto e atencioso. Quase sem medo. E aí a conversa com Ele é tranquila. Algumas perguntas feitas para um Deus poderoso, querendo entender o porque da Vida, se minha natureza que é diferente da dele e minha essência que é a mesma dele, quando se tornarão una?
E como a Inteligência no momento da Criação se entranhou em cada campo de energia e partícula de matéria no Espaço incriado ou o Nada de Deus. Coisas lindas onde a Filosofia dança uma grande melodia com a Ciência. Nestes momentos aceito o Caminho com muita paz.
O pequeno aperto vem quando olho para os meus. Não é sentimento de posse, talvez sejam o que chamamos de amor. Não o Amor de Deus mas amor do homem.
Nestas horas preciso de um Deus só meu. Aquele para quem acendo a vela e faço um holocausto. Aquele que como eu é mesquinho. Aquele que irá proteger os meus dos perigos desta vida.
Oh!
Os meus não pedem isto e não te dou graças pelo que vivem. Te peço que não sofram mas na minha mesquinhez sei que talvez seja eu que não queira mais sofrer.
Esqueço a racionalidade e parto para a loucura de negociar com Ele;
Que para meus nunca falte o pão, nunca falte o teto, nunca falte o trabalho.
Que para os meus nunca falte o amor à vida e os sonhos que o suporta.
Que para os meus nunca falte a sua presença
Sei que peço muito e o que posso dar em troca?
Pergunto: Deus, o que precisa e posso lhe dar?
Tenho a impressão que escuto um riso doce. Lembro do meu riso quando meus pequenos faziam algo que sabiam que era errado e tentavam negociar um perdão. Qualquer coisa era negociável; de um sorriso a um choro, mas no fundo tudo já tinha sido negociado quando eles permitiram que fosse o seu pai.
Bem talvez este seja o objeto de troca: permitir que Ele seja meu Pai
Estou tentando..........
Confessando poderiam dizer; medo da morte?
Não, nem tanto. Parafraseando o poetinha diria; são muitos os perigos desta vida.
O olhar para trás me mostram as sendas por onde caminhei e as que vi caminharem. Algumas alegrias em grandes encontros e muitas tristezas em pequenos desencontros.
Algumas sendas ainda terei que percorrer. Passo curto e atencioso. Quase sem medo. E aí a conversa com Ele é tranquila. Algumas perguntas feitas para um Deus poderoso, querendo entender o porque da Vida, se minha natureza que é diferente da dele e minha essência que é a mesma dele, quando se tornarão una?
E como a Inteligência no momento da Criação se entranhou em cada campo de energia e partícula de matéria no Espaço incriado ou o Nada de Deus. Coisas lindas onde a Filosofia dança uma grande melodia com a Ciência. Nestes momentos aceito o Caminho com muita paz.
O pequeno aperto vem quando olho para os meus. Não é sentimento de posse, talvez sejam o que chamamos de amor. Não o Amor de Deus mas amor do homem.
Nestas horas preciso de um Deus só meu. Aquele para quem acendo a vela e faço um holocausto. Aquele que como eu é mesquinho. Aquele que irá proteger os meus dos perigos desta vida.
Oh!
Os meus não pedem isto e não te dou graças pelo que vivem. Te peço que não sofram mas na minha mesquinhez sei que talvez seja eu que não queira mais sofrer.
Esqueço a racionalidade e parto para a loucura de negociar com Ele;
Que para meus nunca falte o pão, nunca falte o teto, nunca falte o trabalho.
Que para os meus nunca falte o amor à vida e os sonhos que o suporta.
Que para os meus nunca falte a sua presença
Sei que peço muito e o que posso dar em troca?
Pergunto: Deus, o que precisa e posso lhe dar?
Tenho a impressão que escuto um riso doce. Lembro do meu riso quando meus pequenos faziam algo que sabiam que era errado e tentavam negociar um perdão. Qualquer coisa era negociável; de um sorriso a um choro, mas no fundo tudo já tinha sido negociado quando eles permitiram que fosse o seu pai.
Bem talvez este seja o objeto de troca: permitir que Ele seja meu Pai
Estou tentando..........
Assinar:
Postagens (Atom)