segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A Catarse

Tem momentos que não tem jeito; você precisa de uma catarse.
Catarse...
Na religião, medicina e filosofia da Antiguidade grega significava libertação, expulsão ou purgação do que é estranho à essência ou à natureza de um ser e que, por isso, o corrompe.
Em uma definição psicanalítica mais moderna significa operação de trazer à consciência estados afetivos e lembranças recalcadas no inconsciente, liberando o paciente de sintomas e neuroses associadas a este bloqueio.
No popular, tem vezes que você guarda tanta mágoa de coisas que lhe fizeram; uma situação; uma pessoa; um grupo, que você por um ou vários motivos não pode reagir aquela situação como gostaria ou deveria.
Esta situação mal resolvida emocionalmente começa a crescer no seu peito como um baobá. Você sente que precisa extirpar isto de dentro de você ou implodirá ou explodirá.
Quem nunca se sentiu assim?
São situações que podem ser recentes de dias ou semanas, ou situações que se arrastam anos e anos afim e não somos corajosos ou covardes o suficiente para extirpá-la.
Acontece na relação entre pais e filhos, marido e mulher, patrão e empregado e entre amigos.
E por que destas situações tão mal resolvidas?
O que nos leva a suportá-la?
Acho que o principal motivo é o medo do rompimento. O esgarçamento dos laços afetivos são extremamente doloridos, mesmo daqueles laços que muitas vezes não queremos. As vezes são motivos materiais. Perdas nestas questões geram um medo devastador. Faz-se comprimir todo o desejo de ser liberto. Isto é somatizado e acaba afetando nosso corpo e nossa alma.

Chega um momento que não dá mais. Parece que uma panela de pressão está no nosso peito. Talvez algo mais parecido com um vulcão submarino que ninguém vê. Ele explode e gera um tsunami físico e verbal, nada segura. É uma enxurrada de mágoa, de ira, de desprezo. Destrói tudo pela frente. Só agride, sem desculpas, sem perdão.
Passou...
Só resta uma terra arrasada de emoções e uma melancolia imensa. Um sentimento triste de liberdade.
E agora?!
Tentar reconstruir em cima de um relacionamento em ruínas ou abandonar de vez e começar algo novo.
Escolha difícil. Reconstruir tem como base a experiência vivida. Começar algo novo tem como base a esperança.
Mas pense e sinta.
Algo mudou. Você está mais leve. Está pronto para reiniciar a sua caminhada. Este peso ficou, agora, no passado.
Faça uma boa escolha!!!!




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