Sábado a tardinha voltei. Para variar, cheguei um pouco atrasado. Velho e Piloto já estavam conversando. Desta vez cheguei sem pedir licença.
Piloto - Você concorda? Assim como todos os caminhos levam a Roma, toda procura leva a Deus.
Velho me cumprimentou com a cabeça. Piloto olhou para mim e sorriu.
Velho - Sim concordo. Toda vez que nos aprofundamos no questionamento da existência física seja ela individual, coletiva ou universal chegamos em uma fronteira, em um limite e surge a pergunta, o que existe alem deste limite?
Piloto - Veja bem, para cada um de nós a distância a este limite varia. Para alguns este limite, que chamarei de véu, está muito próximo e para outros bem mais distante.
Para certas pessoas este véu está muito próximo. Além dele, está uma entidade divina, uma força criadora que interage diuturnamente com ela. É como uma cortina que separa dois ambientes. Você pode pedir, gritar, chora, louvar, espernear e agradecer, Ele estará do outro lado lhe escutando e o acudindo. É o seu Deus pessoal. Não há grandes questionamento. O dogmatismo geralmente é alto nestes casos. Pode, não pode. É proibido, é permitido.
Para outras pessoas este véu está bem distante. Existe muitos questionamentos, alguns extremamente existenciais e muitos de ordem estritamente práticas em função da relatividade dos valores com o tempo. Para estas pessoas o véu cobre o essencial da existência e a distância à este véu é a intensa procura pelo Essencial. Deus, talvez, seja conceituado como a força estruturante deste Universo. Deus então é Universal e não pessoal.
Velho - Tá bom. Existe uma racionalidade nisto tudo mas isto não tira a aflição de quem está chegando no fim...
Curioso - Acho que está faltando Fé nesta história.
Piloto - Você foi com o dedo na ferida. Quanto conseguimos chegar perto deste véu, a racionalidade está se esgotando. Chegamos no limite da nossa inteligência. Temos que acreditar que não iremos rasgar este véu. Não nesta existência. Por mais que nos aproximemos, ele se manterá distante. A nossa troca com o que está atrás do véu terá que ser feita através da Fé. E aqui, Velho está a chave. Enquanto estivermos caminhando a procura deste Deus, maior será este Deus de Amor e Paz, pois no caminho Deus estará nos criando e nós estaremos criando Deus. Esta procura só deve acabar quando Ele nos estender a mão e disser: " Agora estamos prontos, agora estamos completos".
Se você ouvirá? Sim, ouvirá. Seu corpo e sua alma ouvirão.
Velho - Mas se o caminho que percorri nesta procura não me fez completo?
Piloto - Como eu disse, é uma questão de Fé. Creia que Ele tem a medida de todas as coisas. Até lá continue caminhando em sua busca e não se preocupe com a distância a percorrer.
O Velho ficou pensativo. Abriu um sorriso, como se estivesse dizendo; vamos continuar nesta busca.
Depois disto começamos a conversar sobre a Fé e o quanto ela é sensível a visão mais imediatista. Como ela pode ser manuseada e se tornar algo rancoroso e extremamente perigosa no plano ético. Foi um papo muito interessante.
Marcamos um encontro para o próximo sábado a tarde e prometi chegar mais cedo. O Velho estava mais animado. Que bom!!!
Despedi-me do Piloto e ele com um sorriso muito tranquilo, falou baixinho; " não se apresse por nós, faça seus afazeres, estaremos sempre por aqui".
No outro sábado para variar , cheguei atrasado na praça. Passei os olhos e não vi o Velho nem o Piloto. Procurei por eles perguntando a um amigo do Velho, já os tinha visto conversando:
Amigo - Infelizmente o nosso amigo fez a passagem a uns três dias. Vamos sentir a sua falta. Era um bom papo. Ajudava naquilo que podia. Que Deus o tenha.
Apesar de conhecê-lo a tão pouco tempo, me deu um tristeza imensa.
Curioso - E o Piloto, você o viu?
Amigo - Aquele que sempre conversava com o Velho?!! Não, não o vi, mas ele pouco passava por aqui e coincidentemente, passava quando o Velho estava por aqui.
Agradeci e me despedi. Voltei a pensar no Velho. Vou sentir sua falta.
E o Piloto com sua frase na despedida de sábado. "Gozado"............
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Parábola da Criação - Cabala (I)
Um dos livros mais estudados pelos Cabalistas chama-se Zohar. Com autoria controversa e discutida é composta de pequenos livros e como característica da literatura judaica, contém muitas parábolas para explicação do sagrado e do profano. No seu primeiro volume existe uma passagem descrevendo " o inicio do inicio". Texto intrinsecamente obscuro, mas esclarecido por Rabi Ashlag, um rabino do século passado, do qual fiz um pequeno resumo, que espero esteja relativamente coerente para quem venha ler:
Antes de o Universo ser criado só existia Deus, que era tudo, se é que
esta palavra consegue expressar algo desta dimensão. Por algum motivo que
desconhecemos Deus criou este Espaço/Universo que conhecemos. Mas como Ele fez
isto, se Ele era tudo. Deus teve que se contrair para que este Espaço fosse
criado. Este Espaço ou Vaso, como chamam alguns, tinha a mesma essência de Deus
mas tinha uma natureza diferente. Tinha a essência de Deus porque dele emanou, tinha natureza diferente pois Deus só Doa e o Vaso só podia receber.
Como a dimensão/potencial de Deus era infinitamente maior
que este Vaso, a tendência era que este potencial maior, com sua energia ( a Luz de
Deus ), penetrasse ( doação ) neste Vaso. Como o Vaso tinha uma
natureza diferente, um potencial infinitamente menor, existia a vontade de receber a Luz de Deus.Mas
como o Vaso foi criado com a essência de Deus, havia nele também a necessidade de
retornar ( doar ) a Luz recebida. Nesta monumental e dantesca dinâmica de doar e receber a Luz, o Vaso não suportou e
estilhaçou/explodiu, gerando este Universo Material e Espiritual que tão
pouco conhecêssemos.
Os desdobramentos desta discussão são imensos e extremamente atuais tanto no campo religioso como material/cientifico, mas destaco
três pontos:
1 - O Universo é dicotômico. Não existe a matéria sem a antimatéria e
não existe o Bem sem o Mal
2 - O ato de doar é o caminho para as nossas origens, Deus. E o ato de
receber é que nos faz humano, com todo seu paradigma.
3 - O ato de Criação é um ato de penetração tanto espiritual quanto
carnal. Por este motivo somos co-participantes no ato de Criação de Deus.
Pensemos sobre isto.Um pouco esotérico mas com uma aplicabilidade incrível no nosso dia-dia.
domingo, 10 de novembro de 2013
O filho pródigo ( A visão do irmão mais velho )
Acredito que todos apreciam as parábolas de Jesus. Trazem ensinamentos maravilhosos. Mas uma delas sempre me chamou atenção pois envolve percepções diferentes de um mesmo evento dentro de uma família. A percepção do pai é descrita nesta parábola de forma explicita, o que não significa que não exista dubiez. Mas qual seria a percepção do filho mais velho na Parábola do Filho Pródigo ?
Interpretemos o texto e vejamos onde nos leva:
"O mais jovem diz ao pai: Pai, dá-me a parte da herança que me cabe ".
O que o filho mais velho pode interpretar desta solicitação: meu irmão pede parte da herança que lhe cabe mas isto não é certo. As terras, os gados e o trigo são propriedades de meu pai. Adquiridos com seu suor. Não existe herança pois meu pai ainda vive. Com que direito meu irmão faz este pedido se nada construiu?
"E o pai dividiu os bens entre eles".
Pelo texto não houve oposição do filho mais velho. Aceitou a decisão sabendo não houve equidade. O filho mais novo levou a metade dos bens e o pai e o filho mais velho ficaram com a outra metade.
"Dissipou sua herança em uma vida devassa".
Aparentemente isto já era esperado pelo filho mais velho. A falta de oposição do filho mais velho assim como a falta de recomendação ao irmão mais novo para a retidão e para prosperidade nos indicam esta visão.
"Quantos empregados de meu pai tem fartura, e eu aqui, morrendo de fome"
A decisão de retorno do filho mais novo não foi por arrependimento de ter levado uma vida devassa, mas sim, pela condição miserável que vivia sem a fortuna dada por seu pai.
" Mas o pai disse aos seus servos : Ide depressa trazei a melhor túnica e revesti-o com ela, ponde-lhe um anel no dedo e sandália nos pés. Trazei um novilho cevado e matai-o; comamos......."
" Seu filho mais velho estava no campo"....... "Chamando um servo perguntou o que estava ocorrendo" ....."Então ele ficou com muita raiva"
Talvez esta raiva do filho mais velho não seja por ciume como insinua a parábola e sim por algumas situações previsíveis e a pouca sabedoria do pai. Quando do pedido de herança, a prudencia indicaria uma ajuda de alguns bens e ensinamentos, do pai para seu filho mais novo, para inicio de uma nova e independente vida e não a entrega de metade dos bens.
Ao cobrir seu filho mais novo de honrarias, o pai conduz o filho a mesma condição anterior a sua partida, no seio da família. Ora, o caráter do filho antes da partida não estava totalmente delineado, mas no seu retorno sim. Talvez a sabedoria recomendasse o receber de braços abertos, com todo amor de pai, mas em condição diferenciada para que pudesse provar que realmente estava arrependido e com ajuda de seu pai iria reaver a fortuna perdida.
"Mas o pai lhe disse: Filho (mais velho), tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu"
Por que destas palavras do pai?
A situação dos bens já estava decidida na partida do filho mais novo. Não havia necessidade do reforçar este ponto, a não ser que houvesse dúvida. Ao honrar o filho com a mesma deferência de antes da partida esta dúvida se instala e com certeza junto com a cizânia.
"teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado"
Será que o irmão mais velho concordou com estas palavras de seu pai?
Acredito que não. Ele reviu o irmão, logo não estava morto. Seu irmão estava em local desconhecido e retornou, mas será que mudou?
Pouco provável...
Nos dias de hoje quantos filhos pródigos dilapidam a fortuna de seus pais com drogas, quantos filhos pródigos matam seus pais por ganância, quantos filhos pródigos permanecem simbioticamente ligado a seus pais sugando toda sua energia vital?
Meus estudos continuam até eu conseguir entender de forma clara e humana esta parábola de Jesus, mas até lá, só resta pedir perdão pela minha ignorância.
Interpretemos o texto e vejamos onde nos leva:
"O mais jovem diz ao pai: Pai, dá-me a parte da herança que me cabe ".
O que o filho mais velho pode interpretar desta solicitação: meu irmão pede parte da herança que lhe cabe mas isto não é certo. As terras, os gados e o trigo são propriedades de meu pai. Adquiridos com seu suor. Não existe herança pois meu pai ainda vive. Com que direito meu irmão faz este pedido se nada construiu?
"E o pai dividiu os bens entre eles".
Pelo texto não houve oposição do filho mais velho. Aceitou a decisão sabendo não houve equidade. O filho mais novo levou a metade dos bens e o pai e o filho mais velho ficaram com a outra metade.
"Dissipou sua herança em uma vida devassa".
Aparentemente isto já era esperado pelo filho mais velho. A falta de oposição do filho mais velho assim como a falta de recomendação ao irmão mais novo para a retidão e para prosperidade nos indicam esta visão.
"Quantos empregados de meu pai tem fartura, e eu aqui, morrendo de fome"
A decisão de retorno do filho mais novo não foi por arrependimento de ter levado uma vida devassa, mas sim, pela condição miserável que vivia sem a fortuna dada por seu pai.
" Mas o pai disse aos seus servos : Ide depressa trazei a melhor túnica e revesti-o com ela, ponde-lhe um anel no dedo e sandália nos pés. Trazei um novilho cevado e matai-o; comamos......."
" Seu filho mais velho estava no campo"....... "Chamando um servo perguntou o que estava ocorrendo" ....."Então ele ficou com muita raiva"
Talvez esta raiva do filho mais velho não seja por ciume como insinua a parábola e sim por algumas situações previsíveis e a pouca sabedoria do pai. Quando do pedido de herança, a prudencia indicaria uma ajuda de alguns bens e ensinamentos, do pai para seu filho mais novo, para inicio de uma nova e independente vida e não a entrega de metade dos bens.
Ao cobrir seu filho mais novo de honrarias, o pai conduz o filho a mesma condição anterior a sua partida, no seio da família. Ora, o caráter do filho antes da partida não estava totalmente delineado, mas no seu retorno sim. Talvez a sabedoria recomendasse o receber de braços abertos, com todo amor de pai, mas em condição diferenciada para que pudesse provar que realmente estava arrependido e com ajuda de seu pai iria reaver a fortuna perdida.
"Mas o pai lhe disse: Filho (mais velho), tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu"
Por que destas palavras do pai?
A situação dos bens já estava decidida na partida do filho mais novo. Não havia necessidade do reforçar este ponto, a não ser que houvesse dúvida. Ao honrar o filho com a mesma deferência de antes da partida esta dúvida se instala e com certeza junto com a cizânia.
"teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado"
Será que o irmão mais velho concordou com estas palavras de seu pai?
Acredito que não. Ele reviu o irmão, logo não estava morto. Seu irmão estava em local desconhecido e retornou, mas será que mudou?
Pouco provável...
Nos dias de hoje quantos filhos pródigos dilapidam a fortuna de seus pais com drogas, quantos filhos pródigos matam seus pais por ganância, quantos filhos pródigos permanecem simbioticamente ligado a seus pais sugando toda sua energia vital?
Meus estudos continuam até eu conseguir entender de forma clara e humana esta parábola de Jesus, mas até lá, só resta pedir perdão pela minha ignorância.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
O Velho e a Morte (II) - o Curioso
Acho que o velho foi com a minha cara. Sorriu, eu me aproximei.
Curioso - Oi!! Tudo bem?
Velho - Tudo. Você é novo por aqui? Não tinha lhe visto.
Curioso - Não. Moro aqui perto a bastante tempo mas quase não passava por aqui. Com a inauguração do novo supermercado faço agora este caminho com mais frequência.
Velho - Hamm !! Mas me diga uma coisa porque você estava parado escutando a nossa conversa, eu e o Piloto.
Curioso - Piloto ??!! Achei o camarada meio estranho, por isso parei. As roupas são meio espalhafatosas mas a fisionomia é tranquila e a expressão corporal também. Foi o contraste. Aí eu escutei que vocês falavam sobre alma e fiquei curioso. As vezes penso sobre isto de maneira muito superficial. Acho que sou muito jovem para pensar nisto com mais intensidade. Como você falou que já pensou nisto muitas vezes, isto aguçou minha curiosidade.
Velho - Você acredita que todos temos uma alma?
Curioso - Acho que sim mas não conheci nenhuma até hoje.
Velho - Muito engraçadinho. Professa alguma religião, algum credo?
Curioso - Sou católico brasileiro. Fui batizado, fiz primeira comunhão e só li a Bíblia em história em quadrinho.
Velho - É, realmente a sua cultura filosófica-religiosa é extensa....
Curioso - É, mas não é menor que 99% dos católicos ou dos que se dizem cristão.. Mas e a alma, temos ou não?
Velho - Bem... difícil de explicar. Vamos partir do principio que ela exista e não vamos questionar o porque ela existe. Existindo a alma nós somos que nem aquelas bonecas russas. Você conhece?
Curioso - Sei. Aquelas bonequinhas de madeira que vem uma dentro da outra.
Velho - Exato. A primeira bonequinha seria a nossa alma, que se poderia dizer que é uma energia divina, a imagem de Deus. A segunda bonequinha que cobre a primeira, é o nosso corpo, que é imagem dos nossos pais, a terceira bonequinha é a nossa família que trazem os valores dos nossos antepassados e a quarta e última bonequinha é a nossa comunidade que contém os valores da nossa vida em grupo.
Veja bem, a nossa alma precisa da nosso corpo para entrar em contato com o universo material que nos cerca. Precisa dos nossos sentidos; visão, audição, olfato, paladar e tato para se conectar com este universo e ao mesmo tempo precisa armazenar, processar e aprender com todos todos os sinais captados pelos nossos sentidos. Através deste corpo absorvemos todo o conhecimento e valores dos nossos antepassados e os valores que organizam a sociedade em que vivemos.
Dentro deste conceito podemos dizer que há um certo determinismo pois o nosso corpo é pre-concebido pelas leis genéticas, nossas estruturas familiar e comunitária, com seus valores, estão estabelecidas e vivemos neste conjunto de leis; pergunto então, se somos fruto deste amalgama determinístico, porque mudamos tanto ?
Curioso - Deixa ver se eu entendi. Se corpo e valores são pre-determinados, onde fica a questão do livre arbítrio? Com a alma? Ela é o agente da mudança? Ela existe?
Velho - Falar com certeza que sim, eu não posso dizer pois como você diz eu nunca vi uma alma, mas veja bem, talvez possamos ver e conversar com a nossa alma.
Curioso - Bem... Se eu sou a alma e alma sou eu, fica difícil....a única coisa que eu consigo ver de mim mesmo é quando estou de cara com o espelho.
Velho - É você tem um bom raciocínio apesar da sua extensa cultura. É isto mesmo. Você tem uma visão para fora e uma visão para dentro. Para que isto ocorresse de forma natural seria necessário que todas as lentes fossem retiradas. E o que são estas lentes?
São nossos sentidos, são nossos valores, nossas experiências e nossas emoções. Enfim são nossas bonequinhas opacas. Tudo isto embaça a nossa visão exterior assim como a visão interior e isto impede a nossa conversa com a nossa alma.
Diria eu, se pudêssemos, hoje, abrir cada bonequinha de tal forma que nossa alma conseguisse ver o esplendor do universo com os sentidos aprendidos assim como nosso corpo conseguisse ver a grandeza da alma com as nossas emoções aprendidas. Sem valores, sem pudores....Aí sim então poderíamos começar a conversa com ela e também começar aprender Deus.
Curioso - Poxa... Já é difícil entender isto quanto mais tentar fazer...
Velho - É isso aí... É difícil este encontro com a alma e encontrando são tantas as perguntas e a que mas nos assusta é se existiria ou não a sua individualidade.
Curioso - Como assim?
Velho - Seremos indivíduos para toda a eternidade ou seremos um todo eterno, que seria quase como dizer que deixaríamos de existir. E aí está a minha conversa com o Piloto. Existe neste meandro centenas de questionamentos e a maioria sem uma resposta convincente. Ele sabe disto, é muito inteligente. O resumo da ópera é que ele acredita que chegamos a alma pela nossa individualidade e necessidade de mudança e afirma: "Nossa alma vem incompleta a este Universo e sua missão é se completar", é dela , só, dela.
Curioso - Bonito. Vou pensar no assunto. Quanto o Piloto passa de novo por aqui?
Velho - Não sei bem. Ele costuma conversar muito com o Sampaio.
Curioso - Gostaria de conversar com vocês. Achei a conversa interessante. O Sampaio está por aí, pra perguntarmos para ele?
Velho - Não Sampaio já foi e não volta mais, mas passa sábado a tardinha, acho que é dia de folga do Piloto.
Curioso - Tá legal, vou tentar passar e condolências pelo seu amigo. Tchau...
Curioso - Oi!! Tudo bem?
Velho - Tudo. Você é novo por aqui? Não tinha lhe visto.
Curioso - Não. Moro aqui perto a bastante tempo mas quase não passava por aqui. Com a inauguração do novo supermercado faço agora este caminho com mais frequência.
Velho - Hamm !! Mas me diga uma coisa porque você estava parado escutando a nossa conversa, eu e o Piloto.
Curioso - Piloto ??!! Achei o camarada meio estranho, por isso parei. As roupas são meio espalhafatosas mas a fisionomia é tranquila e a expressão corporal também. Foi o contraste. Aí eu escutei que vocês falavam sobre alma e fiquei curioso. As vezes penso sobre isto de maneira muito superficial. Acho que sou muito jovem para pensar nisto com mais intensidade. Como você falou que já pensou nisto muitas vezes, isto aguçou minha curiosidade.
Velho - Você acredita que todos temos uma alma?
Curioso - Acho que sim mas não conheci nenhuma até hoje.
Velho - Muito engraçadinho. Professa alguma religião, algum credo?
Curioso - Sou católico brasileiro. Fui batizado, fiz primeira comunhão e só li a Bíblia em história em quadrinho.
Velho - É, realmente a sua cultura filosófica-religiosa é extensa....
Curioso - É, mas não é menor que 99% dos católicos ou dos que se dizem cristão.. Mas e a alma, temos ou não?
Velho - Bem... difícil de explicar. Vamos partir do principio que ela exista e não vamos questionar o porque ela existe. Existindo a alma nós somos que nem aquelas bonecas russas. Você conhece?
Curioso - Sei. Aquelas bonequinhas de madeira que vem uma dentro da outra.
Velho - Exato. A primeira bonequinha seria a nossa alma, que se poderia dizer que é uma energia divina, a imagem de Deus. A segunda bonequinha que cobre a primeira, é o nosso corpo, que é imagem dos nossos pais, a terceira bonequinha é a nossa família que trazem os valores dos nossos antepassados e a quarta e última bonequinha é a nossa comunidade que contém os valores da nossa vida em grupo.
Veja bem, a nossa alma precisa da nosso corpo para entrar em contato com o universo material que nos cerca. Precisa dos nossos sentidos; visão, audição, olfato, paladar e tato para se conectar com este universo e ao mesmo tempo precisa armazenar, processar e aprender com todos todos os sinais captados pelos nossos sentidos. Através deste corpo absorvemos todo o conhecimento e valores dos nossos antepassados e os valores que organizam a sociedade em que vivemos.
Dentro deste conceito podemos dizer que há um certo determinismo pois o nosso corpo é pre-concebido pelas leis genéticas, nossas estruturas familiar e comunitária, com seus valores, estão estabelecidas e vivemos neste conjunto de leis; pergunto então, se somos fruto deste amalgama determinístico, porque mudamos tanto ?
Curioso - Deixa ver se eu entendi. Se corpo e valores são pre-determinados, onde fica a questão do livre arbítrio? Com a alma? Ela é o agente da mudança? Ela existe?
Velho - Falar com certeza que sim, eu não posso dizer pois como você diz eu nunca vi uma alma, mas veja bem, talvez possamos ver e conversar com a nossa alma.
Curioso - Bem... Se eu sou a alma e alma sou eu, fica difícil....a única coisa que eu consigo ver de mim mesmo é quando estou de cara com o espelho.
Velho - É você tem um bom raciocínio apesar da sua extensa cultura. É isto mesmo. Você tem uma visão para fora e uma visão para dentro. Para que isto ocorresse de forma natural seria necessário que todas as lentes fossem retiradas. E o que são estas lentes?
São nossos sentidos, são nossos valores, nossas experiências e nossas emoções. Enfim são nossas bonequinhas opacas. Tudo isto embaça a nossa visão exterior assim como a visão interior e isto impede a nossa conversa com a nossa alma.
Diria eu, se pudêssemos, hoje, abrir cada bonequinha de tal forma que nossa alma conseguisse ver o esplendor do universo com os sentidos aprendidos assim como nosso corpo conseguisse ver a grandeza da alma com as nossas emoções aprendidas. Sem valores, sem pudores....Aí sim então poderíamos começar a conversa com ela e também começar aprender Deus.
Curioso - Poxa... Já é difícil entender isto quanto mais tentar fazer...
Velho - É isso aí... É difícil este encontro com a alma e encontrando são tantas as perguntas e a que mas nos assusta é se existiria ou não a sua individualidade.
Curioso - Como assim?
Velho - Seremos indivíduos para toda a eternidade ou seremos um todo eterno, que seria quase como dizer que deixaríamos de existir. E aí está a minha conversa com o Piloto. Existe neste meandro centenas de questionamentos e a maioria sem uma resposta convincente. Ele sabe disto, é muito inteligente. O resumo da ópera é que ele acredita que chegamos a alma pela nossa individualidade e necessidade de mudança e afirma: "Nossa alma vem incompleta a este Universo e sua missão é se completar", é dela , só, dela.
Curioso - Bonito. Vou pensar no assunto. Quanto o Piloto passa de novo por aqui?
Velho - Não sei bem. Ele costuma conversar muito com o Sampaio.
Curioso - Gostaria de conversar com vocês. Achei a conversa interessante. O Sampaio está por aí, pra perguntarmos para ele?
Velho - Não Sampaio já foi e não volta mais, mas passa sábado a tardinha, acho que é dia de folga do Piloto.
Curioso - Tá legal, vou tentar passar e condolências pelo seu amigo. Tchau...
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Juro!!!! Não quero sucesso.....
Quero acordar
Sentir meu corpo, sem pressa......
Espreguiçar, sorrir para exercitar a minha face
Escutar meu filho
Compartilhar seu primeiro sorriso
Dividirmos a mesa e trocarmos oferendas
Depois a preparação para mais um dia no Mundo
Olhar a pimenteira e medir o seu infinitésimo de crescimento
Estamos limpos, passamos pelo portal do nosso Paraíso
Filho, vá... aprenda...seja feliz ....
Junto-me aos meus, corremos, xingamos e sorrimos
Depois do cansaço, a meditação....
Não quero sucesso
Compromisso, só com aqueles a quem amo. Sem lutas
Repouso
Repenso minha finitude
O que fazer neste pequeno tempo que resta ?
Seriam tantas coisas
Aquelas que me fariam um super-homem já estão no lixo
Aquelas que me trariam a Paz, já estão sobre a mesa
Mas no verso destas existe a Guerra... dicotomia da Vida
O que escolher, não sei
Só sei o que não devo escolher
Enquanto isto o tempo escorre
Tento driblar os buracos e as pedras do caminho
Os atalhos já não me atraem, beiram o desconhecido
Hora da rotina. É boa.
Logo depois, retorna meu filho, sábio....
Não só com seu sorriso mas com suas palavras
Chega a hora do afago de nossa Mãe
É o tempo de falar, escutar e sorrir com mansidão
O dia se foi, nossos corpos reclamam
Adormecer, e penso; não quero o sucesso
Mas algo no fundo pergunta;
O que você procura ?
Sentir meu corpo, sem pressa......
Espreguiçar, sorrir para exercitar a minha face
Escutar meu filho
Compartilhar seu primeiro sorriso
Dividirmos a mesa e trocarmos oferendas
Depois a preparação para mais um dia no Mundo
Olhar a pimenteira e medir o seu infinitésimo de crescimento
Estamos limpos, passamos pelo portal do nosso Paraíso
Filho, vá... aprenda...seja feliz ....
Junto-me aos meus, corremos, xingamos e sorrimos
Depois do cansaço, a meditação....
Não quero sucesso
Compromisso, só com aqueles a quem amo. Sem lutas
Repouso
Repenso minha finitude
O que fazer neste pequeno tempo que resta ?
Seriam tantas coisas
Aquelas que me fariam um super-homem já estão no lixo
Aquelas que me trariam a Paz, já estão sobre a mesa
Mas no verso destas existe a Guerra... dicotomia da Vida
O que escolher, não sei
Só sei o que não devo escolher
Enquanto isto o tempo escorre
Tento driblar os buracos e as pedras do caminho
Os atalhos já não me atraem, beiram o desconhecido
Hora da rotina. É boa.
Logo depois, retorna meu filho, sábio....
Não só com seu sorriso mas com suas palavras
Chega a hora do afago de nossa Mãe
É o tempo de falar, escutar e sorrir com mansidão
O dia se foi, nossos corpos reclamam
Adormecer, e penso; não quero o sucesso
Mas algo no fundo pergunta;
O que você procura ?
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Economia&Economistas - Um caso de psicanálise ou policia
Ao assistir televisão ou ler um jornal é espantoso a quantidade de informações que recebemos de dados econômicos. É taxa de câmbio, é divida pública, é taxa de investimento, é taxa de juros e vai por aí a fora. Mas impressionante ainda são as análises feitas por comentaristas econômicos ( jornalistas de televisão, professores de universidades, chefes de divisão de bancos, ex-diretores de alguma instituição governamental, etc...etc...e etc...). O interessante é verificar que estas análises não se sustentam por mais de uma semana. É incrível... Mas, mais incrível ainda, é que este pessoal continua fazendo previsões a todo momento, desdizendo o que disseram no dia anterior. É ser muita cara de pau.
Lembemo-nos que no inicio do ano, previram que teríamos um apagão energético e que o país entraria em uma recessão brutal pela falta de energia e o encarecimento da energia produzida devido a entrada das termoelétricas. Culpa do governo. Porque? Qual a lógica de culpar o governo? Talvez política...
Vamos aos fatos. Choveu como chove quase todos os anos. Os reservatórios que não estavam tão vazios assim, hoje estão em bons níveis . Caso tivéssemos uma seca prolongada, entrariam as usinas termoelétricas, que são alimentadas em sua maioria por gás. Foi para isto que elas foram construídas. Hoje além de termos boas reservas de gás, temos um contrato com a Bolívia de fornecimento por preços bem abaixo do que o estabelecido pelo mercado internacional. Nossa matriz energética é eminentemente hidráulica e continuará assim. Tenhamos em mente que a construção de novas usinas hidroelétricas demandam um tempo de maturação elevado. Passou a pseudo crise, ninguém fala mais nisto.
Depois disto veio a crise do tomate . Quanta bobagem foi dita e talvez o verdadeiro motivo não tenha se tornado claro. A leitura da inflação, pelos especialistas, que estaria ocorrendo uma contaminação em todos os setores devido ao tomate não se concretizou. Comprei na semana passada o quilo do tomate a R$ 1,60. A inflação foi descontaminada. Acredito que a causa básica tenha sido problema de radiação. Ainda bem que não temos usinas nucleares. Já pensou no samba do crioulo doido que nossos comentaristas iriam criar. Vade retro Satanás.
Tivemos mais algumas crises, como a da infraestrura, a da taxa de juros e outras que já esqueci por serem tão efêmeras. Mas vamos a última, esta com certeza será um "case" no futuro.
O presidente e o secretário do tesouro dos Estados Unidos resolvem injetar R$ 85 bilhões/mês na economia americana, mantendo o juro muito baixo para incentivar o crescimento econômico através do aumento de consumo (isto só vale para os EUA pois nossos economistas tupiniquins decretaram que este modelo está esgotado no Brasil e nós entraremos em uma crise se persistirmos. Haja Deus ).
As opiniões de comentaristas e economistas sobre o impacto desta decisão na economia brasileira tiveram um espectro de 180º, ou seja, opiniões totalmente contrárias o tempo todo.
Nos últimos meses ocorreu um boato que o governo americano iria retirar este incentivo.
Loucura total, dólar dispara pois os EUA será um buraco negro de sua moeda. Vai sugar tudo.
Fato: Não faltou dólar para iniciativa privada nem para pagamento da divida externa do Brasil. O Brasil continua com reservas em torno de $ 4oo bilhões.
Comentários dos nossos comentaristas e economistas: Teremos uma crise pois nossos dados macroeconômicos mostram que nossa economia não está bem equilibrada. A disparada do dólar afetará nossa economia profundamente pois não se trata somente de um fator externo mas também de um forte desequilíbrio interno.
Nas últimas semanas foi anunciado pelo secretário do tesouro americano a incerteza sobre o crescimento americano e com isto confirmou a manutenção do incentivo. Logo após foi anunciado o nome do novo secretário do tesouro que por seu perfil deverá manter a politica atual da Secretaria de Tesouro dos EUA.
Neste mesmo interregno, a Secretaria de Tesouro Americana, em tom de quase desculpa, solicita que países emergentes se preparem para a retirada gradual do incentivo do tesouro americano, gerando com isto uma possível alta taxa de retorno de capital de investimento, tanto quanto o especulativo para os EUA, e também o aumento das taxas de juros compatíveis com uma inflação adequada a este crescimento nos EUA. Esta recomendação é corroborada pela diretora-chefe do FMI.
Fato: O dólar caí no Brasil, chegando a patamares bem confortáveis para o nosso Banco Central.
Comentários dos nossos comentaristas e economistas: Eles sempre falam, não tem jeito mas com cara de bundão pois tanto a Secretaria do Tesouro Americana quanto o FMI declararam alto e em bom tom que mexidas nos incentivos para o crescimento americano podem afetar as economias emergentes. Este é o principal fator.
Procuro uma justificativa para tantas opiniões conflitantes. Seria isto um caso de esquizofrenia coletiva? Ou existe interesses outros além das tentativas explicar um cenário econômico?
Cheguei a conclusão que se pudêssemos dividir a Economia em dois grandes segmentos, seria possível entender um pouco mais estas discrepâncias. Teríamos então:
A Economia Real e Economia Virtual
A Economia Real é aquela em que estamos totalmente imersos. É a economia da nossa sobrevivência, é a economia do nosso conforto, é a economia do comercio, é a economia da produção, é a economia do investimento, etc.... Vejamos bem, isto tem corpo, tem inércia. Qualquer mexida que se queira fazer neste mundo econômico é necessário recursos e tempo. Neste universo os aspectos macro e microeconômicos tem sentido.
A Economia Virtual, a que muitos chamam de mercado, outros adjetivando chamam de mercado financeiro é uma economia sem corpo, sem inércia. São bilhões, senão trilhões de dólares virtuais flutuando em grandes nuvens digitais. Este dinheiro virtual parte é aplicado na economia real mas grande parte em especulações legalizadas chamadas de forma geral de mercado futuro. Neste mercado tudo se aposta e o principio é bem simples. Grupos, tanto privados quando governamentais, emitem papéis com valor de face presente e fazem promessa de compra destes mesmos papeis ( e aí se incluí também moeda e produtos) no futuro. Ora tem grupos que ganharão com a valorização e tem grupos que ganharão com a desvalorização. É uma queda de braço e vale tudo. Obviamente expectativas são geradas e manipuladas para atender a grupos de interesse e com isto se maximizar o lucro.
Isto pode justificar a alta especulativa do dólar de um dia para o outro, ou seja, um boato nos EUA fazem ocorrer uma valorização de 25%. Quem ganha , quem perde?
Aumento do tomate de quase 1000% em um mês, sem seca nem redução de safra. Com certeza o produtor não ganhou pois na maioria das vezes a safra é comprada no ato semeadura. Existe uma cadeia de comercialização que compra do produtor especula com o preço no varejo.
Estas ocorrências especulativas criam o estressamento de preços ( stress em inglês ) ou seja o capital virtual e especulativo vai esticar a corda do preço e do lucro ao máximo, onde enxergar oportunidades. Guardadas as devidas proporções a crise de 2008 dos derivativos desencadeada nos EUA teve este principio. Foram estressando o mercado de derivativos até um momento que se descobriu que não havia lastro suficiente para o valor destes derivativos.
Vemos então que esta Economia Virtual não obedece regras econômicas e sim a regras de um universo de oportunidades e ameaças de curto prazo que age tanto no nosso micro-espaço quando se compra algo de alguém que esta com a corda no pescoço, encurtando o preço de aquisição e se vende logo após maximizando o lucro ou quando se faz um ataque especulativo a moeda de um país quando este passa por uma turbulência sócio-econômica como já ocorreu conosco em um passado não muito distante.
Fechando o raciocínio, estes dois segmentos são siameses, não tem como separar. Para nós leigo é necessário que alguém que realmente conheça o meandro destes dois segmentos e que tenha uma posição isenta nos dê um cenário coerente e isto está extremamente difícil de encontrar. Fora isto o que temos assistidos são comentaristas e economistas emitindo opiniões ou criando cenários que interessam a grupos de interesse financeiros e políticos também e jornalistas orelhudos que por fazerem cobertura da área econômica se julgam doutores no assunto.
Tenhamos cuidado ao nos posicionarmos, o jogo é pesado.
Enquanto isto, por via das dúvidas, vou me comportar que nem o seu José da mercadinho. Puxo a gaveta, olho e conto, se tenho dinheiro compro, se não tenho não compro. Tchau.
Lembemo-nos que no inicio do ano, previram que teríamos um apagão energético e que o país entraria em uma recessão brutal pela falta de energia e o encarecimento da energia produzida devido a entrada das termoelétricas. Culpa do governo. Porque? Qual a lógica de culpar o governo? Talvez política...
Vamos aos fatos. Choveu como chove quase todos os anos. Os reservatórios que não estavam tão vazios assim, hoje estão em bons níveis . Caso tivéssemos uma seca prolongada, entrariam as usinas termoelétricas, que são alimentadas em sua maioria por gás. Foi para isto que elas foram construídas. Hoje além de termos boas reservas de gás, temos um contrato com a Bolívia de fornecimento por preços bem abaixo do que o estabelecido pelo mercado internacional. Nossa matriz energética é eminentemente hidráulica e continuará assim. Tenhamos em mente que a construção de novas usinas hidroelétricas demandam um tempo de maturação elevado. Passou a pseudo crise, ninguém fala mais nisto.
Depois disto veio a crise do tomate . Quanta bobagem foi dita e talvez o verdadeiro motivo não tenha se tornado claro. A leitura da inflação, pelos especialistas, que estaria ocorrendo uma contaminação em todos os setores devido ao tomate não se concretizou. Comprei na semana passada o quilo do tomate a R$ 1,60. A inflação foi descontaminada. Acredito que a causa básica tenha sido problema de radiação. Ainda bem que não temos usinas nucleares. Já pensou no samba do crioulo doido que nossos comentaristas iriam criar. Vade retro Satanás.
Tivemos mais algumas crises, como a da infraestrura, a da taxa de juros e outras que já esqueci por serem tão efêmeras. Mas vamos a última, esta com certeza será um "case" no futuro.
O presidente e o secretário do tesouro dos Estados Unidos resolvem injetar R$ 85 bilhões/mês na economia americana, mantendo o juro muito baixo para incentivar o crescimento econômico através do aumento de consumo (isto só vale para os EUA pois nossos economistas tupiniquins decretaram que este modelo está esgotado no Brasil e nós entraremos em uma crise se persistirmos. Haja Deus ).
As opiniões de comentaristas e economistas sobre o impacto desta decisão na economia brasileira tiveram um espectro de 180º, ou seja, opiniões totalmente contrárias o tempo todo.
Nos últimos meses ocorreu um boato que o governo americano iria retirar este incentivo.
Loucura total, dólar dispara pois os EUA será um buraco negro de sua moeda. Vai sugar tudo.
Fato: Não faltou dólar para iniciativa privada nem para pagamento da divida externa do Brasil. O Brasil continua com reservas em torno de $ 4oo bilhões.
Comentários dos nossos comentaristas e economistas: Teremos uma crise pois nossos dados macroeconômicos mostram que nossa economia não está bem equilibrada. A disparada do dólar afetará nossa economia profundamente pois não se trata somente de um fator externo mas também de um forte desequilíbrio interno.
Nas últimas semanas foi anunciado pelo secretário do tesouro americano a incerteza sobre o crescimento americano e com isto confirmou a manutenção do incentivo. Logo após foi anunciado o nome do novo secretário do tesouro que por seu perfil deverá manter a politica atual da Secretaria de Tesouro dos EUA.
Neste mesmo interregno, a Secretaria de Tesouro Americana, em tom de quase desculpa, solicita que países emergentes se preparem para a retirada gradual do incentivo do tesouro americano, gerando com isto uma possível alta taxa de retorno de capital de investimento, tanto quanto o especulativo para os EUA, e também o aumento das taxas de juros compatíveis com uma inflação adequada a este crescimento nos EUA. Esta recomendação é corroborada pela diretora-chefe do FMI.
Fato: O dólar caí no Brasil, chegando a patamares bem confortáveis para o nosso Banco Central.
Comentários dos nossos comentaristas e economistas: Eles sempre falam, não tem jeito mas com cara de bundão pois tanto a Secretaria do Tesouro Americana quanto o FMI declararam alto e em bom tom que mexidas nos incentivos para o crescimento americano podem afetar as economias emergentes. Este é o principal fator.
Procuro uma justificativa para tantas opiniões conflitantes. Seria isto um caso de esquizofrenia coletiva? Ou existe interesses outros além das tentativas explicar um cenário econômico?
Cheguei a conclusão que se pudêssemos dividir a Economia em dois grandes segmentos, seria possível entender um pouco mais estas discrepâncias. Teríamos então:
A Economia Real e Economia Virtual
A Economia Real é aquela em que estamos totalmente imersos. É a economia da nossa sobrevivência, é a economia do nosso conforto, é a economia do comercio, é a economia da produção, é a economia do investimento, etc.... Vejamos bem, isto tem corpo, tem inércia. Qualquer mexida que se queira fazer neste mundo econômico é necessário recursos e tempo. Neste universo os aspectos macro e microeconômicos tem sentido.
A Economia Virtual, a que muitos chamam de mercado, outros adjetivando chamam de mercado financeiro é uma economia sem corpo, sem inércia. São bilhões, senão trilhões de dólares virtuais flutuando em grandes nuvens digitais. Este dinheiro virtual parte é aplicado na economia real mas grande parte em especulações legalizadas chamadas de forma geral de mercado futuro. Neste mercado tudo se aposta e o principio é bem simples. Grupos, tanto privados quando governamentais, emitem papéis com valor de face presente e fazem promessa de compra destes mesmos papeis ( e aí se incluí também moeda e produtos) no futuro. Ora tem grupos que ganharão com a valorização e tem grupos que ganharão com a desvalorização. É uma queda de braço e vale tudo. Obviamente expectativas são geradas e manipuladas para atender a grupos de interesse e com isto se maximizar o lucro.
Isto pode justificar a alta especulativa do dólar de um dia para o outro, ou seja, um boato nos EUA fazem ocorrer uma valorização de 25%. Quem ganha , quem perde?
Aumento do tomate de quase 1000% em um mês, sem seca nem redução de safra. Com certeza o produtor não ganhou pois na maioria das vezes a safra é comprada no ato semeadura. Existe uma cadeia de comercialização que compra do produtor especula com o preço no varejo.
Estas ocorrências especulativas criam o estressamento de preços ( stress em inglês ) ou seja o capital virtual e especulativo vai esticar a corda do preço e do lucro ao máximo, onde enxergar oportunidades. Guardadas as devidas proporções a crise de 2008 dos derivativos desencadeada nos EUA teve este principio. Foram estressando o mercado de derivativos até um momento que se descobriu que não havia lastro suficiente para o valor destes derivativos.
Vemos então que esta Economia Virtual não obedece regras econômicas e sim a regras de um universo de oportunidades e ameaças de curto prazo que age tanto no nosso micro-espaço quando se compra algo de alguém que esta com a corda no pescoço, encurtando o preço de aquisição e se vende logo após maximizando o lucro ou quando se faz um ataque especulativo a moeda de um país quando este passa por uma turbulência sócio-econômica como já ocorreu conosco em um passado não muito distante.
Fechando o raciocínio, estes dois segmentos são siameses, não tem como separar. Para nós leigo é necessário que alguém que realmente conheça o meandro destes dois segmentos e que tenha uma posição isenta nos dê um cenário coerente e isto está extremamente difícil de encontrar. Fora isto o que temos assistidos são comentaristas e economistas emitindo opiniões ou criando cenários que interessam a grupos de interesse financeiros e políticos também e jornalistas orelhudos que por fazerem cobertura da área econômica se julgam doutores no assunto.
Tenhamos cuidado ao nos posicionarmos, o jogo é pesado.
Enquanto isto, por via das dúvidas, vou me comportar que nem o seu José da mercadinho. Puxo a gaveta, olho e conto, se tenho dinheiro compro, se não tenho não compro. Tchau.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
O Velho e a Morte ( I )
Achei estranho aquela figura que conversava com um velho. Curioso, aproximei com cara de paisagem e direcionei minha melhor orelha, a direita pois é mais aberta e um pouco maior, para os dois. A conversa já estava adiantada:
Velho - Mas eu tenho...
Figura - Medo de que?
Velho - Você não teria medo de acabar?
Figura - Acho que sim, mas o que acha que é acabar
Velho - Ora..., acabar é acabar. É virar nada.
Figura - Mas você hoje é alguma coisa. Você tem uma história. Como isto pode acabar?
Velho - Você não entende mesmo, né?!! Olha para mim. Tá me vendo? Isto vai acabar.
Figura - É..estou vendo seu corpo. Concordo que ele um dia vai acabar, quer dizer, vai se transformar em outra coisa mas o seu medo, a sua vontade de me chamar de burro vai para onde?
Velho - Vai tudo embora, não fica nada, entendeu????
Figura - É... acho que entendi. Você tem medo de ir embora e não de acabar. Se você soubesse o que aconteceria quando seu corpo parasse, este medo não existiria, não é??
Velho - Claro.. se eu tivesse certeza que existe algo depois que meu corpo parar, eu não teria medo de morrer. Você é meio tapadinho, né ??!!
Figura - Sou. Meu Pai sempre me disse que eu não sei explicar direito as coisas. Sou piloto, sabe??
Na maioria das vezes tenho que explicar aos passageiros, de onde estamos vindo, para onde estamos indo e estas coisas de viagem. Nunca consigo explicar muito bem mas sou insistente, estou melhorando. Mas mudando um pouco a direção da prosa... Você tem filhos?
Velho - Poxa, você é mais retrô do que eu. Tenho 3 filhos, porque?
Figura - Com a mesma esposa?
Velho - É. Ela já se foi..
Figura - Sei...Tem algum filho que te traz mais preocupação?
Velho - O mais velho. Sempre turrão, cabeça dura. Vive dando topada na vida e não consegue aplumar e se acha o bambambam...
Figura - E os outros dois?
Velho - O caçula é muito centrado, tranquilo, um bom rapaz. Do meio é uma menina, inteligente, médica mas não para em lugar nenhum. Parece que tem bicho carpinteiro.
Figura - Interessante né??!! Filhos dos mesmos pais, criados dentro mesma família e acredito na mesma comunidade e tão distintos. Já se perguntou porque da diferença?
Velho - Já. Não consigo explicar muito bem. Tiveram a mesma criação, o que dei a um, dei aos outros. Realmente, as vezes me pego perguntando onde errei com o mais velho?
Figura - Já pensou que tem algo a mais nos seus filhos além da genética de você e de sua esposa e dos valores da sua família e da comunidade ?
Velho - Claro, seu boca mole!!! Você quer falar da alma, certo?? Se existe alma, existe continuidade, certo??
Figura - É.
Velho - Com quase noventa, você acha que não pensei muito sobre isto. Tem muito papo de padre cantor, pastor roqueiro, babalorixá extraterrestre tentando explicar o reino dos Céus. Desisti desta turma a muito tempo mas andar sozinho nesta seara dói e e consigo no máximo ficar na penumbra.
Figura - É concordo. Mas seria legal falar sobre a alma. Pode doer mas pode ser um bálsamo. Pai falou que conversar com você faria bem a nós dois. Preciso ir tenho pois tenho um compromisso e tem um "spy" orelhudo escutando nossa conversa.
Velho - Deixa quieto. É bom que ele aprende alguma coisa. Traz seu pai aqui, você me parece um moço inteligente e seu pai deve ser boa gente.
Figura - Trazer o Pai, logo, é difícil. Mas se ele puder ajudar, ele ajuda. Tchau. Te encontro
Velho - Tchau. Tô sempre por aqui. Não dá para ir muito longe. Ei, de onde seu pai me conhece?
A figura estranha foi embora, sorri para o velho com um jeito de convite para conversar. Ele sorriu. Talvez eu consiga ser um penetra no próximo papo.
Velho - Mas eu tenho...
Figura - Medo de que?
Velho - Você não teria medo de acabar?
Figura - Acho que sim, mas o que acha que é acabar
Velho - Ora..., acabar é acabar. É virar nada.
Figura - Mas você hoje é alguma coisa. Você tem uma história. Como isto pode acabar?
Velho - Você não entende mesmo, né?!! Olha para mim. Tá me vendo? Isto vai acabar.
Figura - É..estou vendo seu corpo. Concordo que ele um dia vai acabar, quer dizer, vai se transformar em outra coisa mas o seu medo, a sua vontade de me chamar de burro vai para onde?
Velho - Vai tudo embora, não fica nada, entendeu????
Figura - É... acho que entendi. Você tem medo de ir embora e não de acabar. Se você soubesse o que aconteceria quando seu corpo parasse, este medo não existiria, não é??
Velho - Claro.. se eu tivesse certeza que existe algo depois que meu corpo parar, eu não teria medo de morrer. Você é meio tapadinho, né ??!!
Figura - Sou. Meu Pai sempre me disse que eu não sei explicar direito as coisas. Sou piloto, sabe??
Na maioria das vezes tenho que explicar aos passageiros, de onde estamos vindo, para onde estamos indo e estas coisas de viagem. Nunca consigo explicar muito bem mas sou insistente, estou melhorando. Mas mudando um pouco a direção da prosa... Você tem filhos?
Velho - Poxa, você é mais retrô do que eu. Tenho 3 filhos, porque?
Figura - Com a mesma esposa?
Velho - É. Ela já se foi..
Figura - Sei...Tem algum filho que te traz mais preocupação?
Velho - O mais velho. Sempre turrão, cabeça dura. Vive dando topada na vida e não consegue aplumar e se acha o bambambam...
Figura - E os outros dois?
Velho - O caçula é muito centrado, tranquilo, um bom rapaz. Do meio é uma menina, inteligente, médica mas não para em lugar nenhum. Parece que tem bicho carpinteiro.
Figura - Interessante né??!! Filhos dos mesmos pais, criados dentro mesma família e acredito na mesma comunidade e tão distintos. Já se perguntou porque da diferença?
Velho - Já. Não consigo explicar muito bem. Tiveram a mesma criação, o que dei a um, dei aos outros. Realmente, as vezes me pego perguntando onde errei com o mais velho?
Figura - Já pensou que tem algo a mais nos seus filhos além da genética de você e de sua esposa e dos valores da sua família e da comunidade ?
Velho - Claro, seu boca mole!!! Você quer falar da alma, certo?? Se existe alma, existe continuidade, certo??
Figura - É.
Velho - Com quase noventa, você acha que não pensei muito sobre isto. Tem muito papo de padre cantor, pastor roqueiro, babalorixá extraterrestre tentando explicar o reino dos Céus. Desisti desta turma a muito tempo mas andar sozinho nesta seara dói e e consigo no máximo ficar na penumbra.
Figura - É concordo. Mas seria legal falar sobre a alma. Pode doer mas pode ser um bálsamo. Pai falou que conversar com você faria bem a nós dois. Preciso ir tenho pois tenho um compromisso e tem um "spy" orelhudo escutando nossa conversa.
Velho - Deixa quieto. É bom que ele aprende alguma coisa. Traz seu pai aqui, você me parece um moço inteligente e seu pai deve ser boa gente.
Figura - Trazer o Pai, logo, é difícil. Mas se ele puder ajudar, ele ajuda. Tchau. Te encontro
Velho - Tchau. Tô sempre por aqui. Não dá para ir muito longe. Ei, de onde seu pai me conhece?
A figura estranha foi embora, sorri para o velho com um jeito de convite para conversar. Ele sorriu. Talvez eu consiga ser um penetra no próximo papo.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
1/3 - Carta a minha esposa
Querida esposa
Esta é uma data muito especial. À alguns anos atrás vieste para este Mundo. Uma alma incompleta, pronta a vivenciar as alegrias e dores para que pudesse se completar. Tenho certeza que este, o Mundo, muito se alegrou em recebê-la e sabia porque.
Encontrei você, com o livro da minha vida já rascunhado, apagado, escrito, rabiscado e reescrito.... Uma bagunça de alegrias e dores mas totalmente incompleto.
Lembro da primeira vez que prestei atenção. Alta, muito alta. Magra. Rosto lindo com moldura de um cabelo comprido e ondulado. O sorriso parecia eterno.Olhei para barriga, aparecia uma fresta branquinha. Não sabia se era da blusa "baby look" ou se o comprimento do tamanho G era curto. As pernas compridas sempre de calça comprida. Usei a imaginação.
Entra na sala, saí da sala, vejo no almoço, encontro nas confraternizações, converso, converso.......
Alguma coisa está saindo do controle. Começo a gostar muito de esbarrar com você. Falo comigo; você está no ponto de fazer m... E respondo; mas fazer o que?
Ela é linda. É cheirosa ( explico: tenho um bom nariz e quando me aproximava abria bem as narinas ). Ouve e fala bastante, incomum para uma mulher ou seja ouvir. Muito inteligente. Aprendia rápido. Começamos a brincar de Pigmalião e Galateia para nossas mensagens subliminar de "tô afim".
Vi com saia. Uma batata de perna deliciosa. Aí não teve jeito. O tesão bateu no teto.
"Que se exploda o Mundo pois não me chamo Raimundo". Dei um nó na minha cabeça mas não podia perder você. Deu a maior confusão. As famílias quase ensandeceram. Lembra?
Bem, isto é uma história que um dia escreveremos juntos.
Hoje sinto que cada grande e pequenas loucuras ajuizadas que cometi com você valeu, valeu muito.
Estamos escrevendo em conjunto os nossos livros da vida. Nossa histórias se embolaram. Nossa interseção e nossa união é quase um único conjunto e colocamos bem no centro o nosso bem mais precioso. Ele é lindo.
Hoje você e eu comemoramos a sua vinda. Hoje eu comemoro o prazer de estar com você durante 1/3 de sua vida. Hoje eu comemoro a esperança tê-la escrevendo o meu livro por um longo tempo. Hoje eu comemoro a paz de poder te amar.
Do seu esposo e amante.
Esta é uma data muito especial. À alguns anos atrás vieste para este Mundo. Uma alma incompleta, pronta a vivenciar as alegrias e dores para que pudesse se completar. Tenho certeza que este, o Mundo, muito se alegrou em recebê-la e sabia porque.
Encontrei você, com o livro da minha vida já rascunhado, apagado, escrito, rabiscado e reescrito.... Uma bagunça de alegrias e dores mas totalmente incompleto.
Lembro da primeira vez que prestei atenção. Alta, muito alta. Magra. Rosto lindo com moldura de um cabelo comprido e ondulado. O sorriso parecia eterno.Olhei para barriga, aparecia uma fresta branquinha. Não sabia se era da blusa "baby look" ou se o comprimento do tamanho G era curto. As pernas compridas sempre de calça comprida. Usei a imaginação.
Entra na sala, saí da sala, vejo no almoço, encontro nas confraternizações, converso, converso.......
Alguma coisa está saindo do controle. Começo a gostar muito de esbarrar com você. Falo comigo; você está no ponto de fazer m... E respondo; mas fazer o que?
Ela é linda. É cheirosa ( explico: tenho um bom nariz e quando me aproximava abria bem as narinas ). Ouve e fala bastante, incomum para uma mulher ou seja ouvir. Muito inteligente. Aprendia rápido. Começamos a brincar de Pigmalião e Galateia para nossas mensagens subliminar de "tô afim".
Vi com saia. Uma batata de perna deliciosa. Aí não teve jeito. O tesão bateu no teto.
"Que se exploda o Mundo pois não me chamo Raimundo". Dei um nó na minha cabeça mas não podia perder você. Deu a maior confusão. As famílias quase ensandeceram. Lembra?
Bem, isto é uma história que um dia escreveremos juntos.
Hoje sinto que cada grande e pequenas loucuras ajuizadas que cometi com você valeu, valeu muito.
Estamos escrevendo em conjunto os nossos livros da vida. Nossa histórias se embolaram. Nossa interseção e nossa união é quase um único conjunto e colocamos bem no centro o nosso bem mais precioso. Ele é lindo.
Hoje você e eu comemoramos a sua vinda. Hoje eu comemoro o prazer de estar com você durante 1/3 de sua vida. Hoje eu comemoro a esperança tê-la escrevendo o meu livro por um longo tempo. Hoje eu comemoro a paz de poder te amar.
Do seu esposo e amante.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Ignorância e Felicidade combinam?
Envolvi-me em uma discussão com alguns senhores. Todos com uma grande vivência, pelo menos na idade. Papo vem , papo vai, surgiu o assunto da ignorância versus felicidade. Para meu espanto está associação é verdade, a ignorância traz a felicidade, para a maioria das pessoas que ali estavam. O debate foi acalorado. Teve um momento que me calei e resolvi ser totalmente ouvidos para entender melhor o porque desta opinião. Qual o raciocínio que está por trás disto?
O que me chamou atenção é que conceitualmente muitos relacionavam ignorância com falta de conhecimento ou seja, se uma pessoa não conhece um conceito, o que estiver embutido de "ruim" neste conceito não impactará no humor. Entendi, então que a felicidade viria pela ausência de conhecimento. Parece-me aqui que conceito de Paraíso, de Adão e Eva e o fruto da Árvore do Conhecimento está muito arraigado em nosso pessoal.
Outro ponto que me chamou atenção foi o dogmatismo. Este seria uma evolução da primeira opinião, pois um gaito radical chegou a seguinte conclusão: no limite da ausência de conhecimento, o objeto mais feliz na face da Terra é uma pedra.
Evidente que os defensores exclamaram: Fala sério!!!! Não é bem assim...
Explicam então: existem conhecimentos necessários para que possamos estruturar a Vida, no plano físico,ético, social e emocional. Sem esta estrutura não evoluiríamos como família, comunidade e nação. Explicação supimpa dos meus amigos senhores. Houve uma concordância geral.
Ora fiquei com uma dúvida, como coadunar a primeira opinião, sobre a ignorância e a felicidade e a segunda de uma estrutura de conhecimento para evolução, mas logo inferi que este elo vinha pelo dogma, ou seja, a maioria ali presente são pessoas dogmáticas.
Desconversei. Achei uma desculpa e saí de fininho. Por que?
Não era momento para se analisar em conjunto as minhas deduções. Para mim a definição de dogma está no limite do meu entendimento, da minha compreensão, da minha capacidade intelectual e dos meus porquês. Quando todos eles findam, o dogma começa.
Hoje não consigo aceitar verdade alguma sem questionar com muitos porquês. Este processo faz com que muitas verdades se desvaneçam e muitas dúvidas se tornem verdade. É um processo continuo de auto-compreensão e de compreensão do universo. Processo este um pouco dolorido, quando você faz o auto-questionamento e descobre em você um rei nu e sem reino. Dói um pouco quando você olha para as pessoas que você ama e encontra muito de você.
O que é bom nisto é que você chegou próximo a visão do seu Eu. Daí para frente só existe um processo para não deixar que esta descoberta, esta dor, te imobilize ou te torne um cético amargurado nesta vida.
Se perdoar, este é o inicio do processo. Reconhecer quem você é e se perdoar.
E o que significa perdão. É um caminho onde você reconhece o erro e se compromete com a correção.
Se existe a Compreensão, Perdão e a Correção, a Paz e a Felicidade estão no arredor.
Passar e repassar estas etapas como individuo é difícil. Como família, dificílimo. Como comunidade, quase impossível. Como nação, somente com muito, enorme sofrimento.
Parece-me que viver em um universo dogmático está mais em sintonia com nosso estágio de evolução.
Neste universo as verdades são inquestionáveis. Elas foram, são e serão verdades. Não exite muitos porquês. Neste universo os padrões sociais, políticos, éticos e religiosos estão cristalizados. O Bem e o Mal são determinados pela visão dogmática do Mundo. Se somos maus ou bons não importa pois somos criação do dogmatismo. Olhando com um pouco de atenção, talvez este seja o mundo que criamos:
- Sistemas de casta sociais, genocídio, a sub-humanização da mulher, trabalho escravo, etc... Quem é culpado? Ninguém. São dogmas sociais.
- Ditaduras travestidas de Democracia , Democracias com alma de Ditadura, Privado acima do Bem Público, etc.... Quem é o culpado? Ninguém. São dogmas políticos.
- Dogmas éticos. O Bem e o Mal. O que se faz em seu nome. Bomba em Hiroshima, Genocídio na Camboja, Campo de Extermínio na Sibéria, Invasão no Iraque, Bombas na Síria??
- Quantos já matamos em nome de Deus??
Milhões, milhões e milhões. É quem é culpado? Ninguém. São os dogmas religiosos.
Estes são os grandes movimentos promovidos pelo dogmatismo. Nos olhando e olhando em volta, detectamos também os micros movimentos do dogmatismo. Os preconceitos que nos tornam intransigente e irados. Não nos sentimos culpados pela ofensa e danos ao próximo pois estamos em sintonia com nossas verdades dogmáticas. O próximo só será um quase igual se acreditar em nossas verdades, fora disto será um simples humano com jeito de objeto.
É possível ser feliz na Ignorância?
Não com certeza. Esta é uma visão muito curta da Vida.
A Ignorância sempre trará a Guerra.
A Paz só virá com a Sabedoria.( Só não consigo entender porque nestas dezenas de séculos de civilização tivemos tão poucos sábios.)
Como explicar isto aos meus queridos colegas senhores sem correr o risco de ser chamado de dogmático ?
O que me chamou atenção é que conceitualmente muitos relacionavam ignorância com falta de conhecimento ou seja, se uma pessoa não conhece um conceito, o que estiver embutido de "ruim" neste conceito não impactará no humor. Entendi, então que a felicidade viria pela ausência de conhecimento. Parece-me aqui que conceito de Paraíso, de Adão e Eva e o fruto da Árvore do Conhecimento está muito arraigado em nosso pessoal.
Outro ponto que me chamou atenção foi o dogmatismo. Este seria uma evolução da primeira opinião, pois um gaito radical chegou a seguinte conclusão: no limite da ausência de conhecimento, o objeto mais feliz na face da Terra é uma pedra.
Evidente que os defensores exclamaram: Fala sério!!!! Não é bem assim...
Explicam então: existem conhecimentos necessários para que possamos estruturar a Vida, no plano físico,ético, social e emocional. Sem esta estrutura não evoluiríamos como família, comunidade e nação. Explicação supimpa dos meus amigos senhores. Houve uma concordância geral.
Ora fiquei com uma dúvida, como coadunar a primeira opinião, sobre a ignorância e a felicidade e a segunda de uma estrutura de conhecimento para evolução, mas logo inferi que este elo vinha pelo dogma, ou seja, a maioria ali presente são pessoas dogmáticas.
Desconversei. Achei uma desculpa e saí de fininho. Por que?
Não era momento para se analisar em conjunto as minhas deduções. Para mim a definição de dogma está no limite do meu entendimento, da minha compreensão, da minha capacidade intelectual e dos meus porquês. Quando todos eles findam, o dogma começa.
Hoje não consigo aceitar verdade alguma sem questionar com muitos porquês. Este processo faz com que muitas verdades se desvaneçam e muitas dúvidas se tornem verdade. É um processo continuo de auto-compreensão e de compreensão do universo. Processo este um pouco dolorido, quando você faz o auto-questionamento e descobre em você um rei nu e sem reino. Dói um pouco quando você olha para as pessoas que você ama e encontra muito de você.
O que é bom nisto é que você chegou próximo a visão do seu Eu. Daí para frente só existe um processo para não deixar que esta descoberta, esta dor, te imobilize ou te torne um cético amargurado nesta vida.
Se perdoar, este é o inicio do processo. Reconhecer quem você é e se perdoar.
E o que significa perdão. É um caminho onde você reconhece o erro e se compromete com a correção.
Se existe a Compreensão, Perdão e a Correção, a Paz e a Felicidade estão no arredor.
Passar e repassar estas etapas como individuo é difícil. Como família, dificílimo. Como comunidade, quase impossível. Como nação, somente com muito, enorme sofrimento.
Parece-me que viver em um universo dogmático está mais em sintonia com nosso estágio de evolução.
Neste universo as verdades são inquestionáveis. Elas foram, são e serão verdades. Não exite muitos porquês. Neste universo os padrões sociais, políticos, éticos e religiosos estão cristalizados. O Bem e o Mal são determinados pela visão dogmática do Mundo. Se somos maus ou bons não importa pois somos criação do dogmatismo. Olhando com um pouco de atenção, talvez este seja o mundo que criamos:
- Sistemas de casta sociais, genocídio, a sub-humanização da mulher, trabalho escravo, etc... Quem é culpado? Ninguém. São dogmas sociais.
- Ditaduras travestidas de Democracia , Democracias com alma de Ditadura, Privado acima do Bem Público, etc.... Quem é o culpado? Ninguém. São dogmas políticos.
- Dogmas éticos. O Bem e o Mal. O que se faz em seu nome. Bomba em Hiroshima, Genocídio na Camboja, Campo de Extermínio na Sibéria, Invasão no Iraque, Bombas na Síria??
- Quantos já matamos em nome de Deus??
Milhões, milhões e milhões. É quem é culpado? Ninguém. São os dogmas religiosos.
Estes são os grandes movimentos promovidos pelo dogmatismo. Nos olhando e olhando em volta, detectamos também os micros movimentos do dogmatismo. Os preconceitos que nos tornam intransigente e irados. Não nos sentimos culpados pela ofensa e danos ao próximo pois estamos em sintonia com nossas verdades dogmáticas. O próximo só será um quase igual se acreditar em nossas verdades, fora disto será um simples humano com jeito de objeto.
É possível ser feliz na Ignorância?
Não com certeza. Esta é uma visão muito curta da Vida.
A Ignorância sempre trará a Guerra.
A Paz só virá com a Sabedoria.( Só não consigo entender porque nestas dezenas de séculos de civilização tivemos tão poucos sábios.)
Como explicar isto aos meus queridos colegas senhores sem correr o risco de ser chamado de dogmático ?
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Resposta Clara para uma Pergunta Oculta - Minha Esposa
Em bate papos com amigos, colegas e encontros informais, o assunto muitas vezes passa pela família. Falamos sobre filhos, gastos, confusões e esposa. O assunto esposa é sempre delicado, pelo menos esta é a minha percepção. Talvez seja pela faixa etária das pessoas com que converso. Evito muitas vezes de emitir comentários sobre o casamento mas não me eximo de dizer que sou uma pessoa muito bem casada. Quando digo que minha esposa e companheira é bem mais jovem que eu, recebo um sorriso. Quando falo que tem a metade da minha idade, recebo um sorriso "monalisesco". Tento interpretar. As vezes me parece de descrença, às vezes de pena, às vezes de "velho sacaninha", às vezes, acho que de reprovação. Dificilmente de parabenização por eu estar tão apaixonado e de bem com a vida.
Depois de tentar interpretar, tento entender. Faço cara de bobo e dou corda. Incentivo a que falem sobre o casamento.
Pessoas mais velhas tendem a criticar o comportamento volúvel dos jovens. Repetem quase sempre que a seriedade do relacionamento já não mais existe. A família está acabando e citam na maioria das vezes o seu exemplo de casamento. Tendem a ser céticos e preconceituosos com possíveis relacionamentos não convencionais.
Os mais jovens não acreditam em relacionamento muito duradouros. A busca da felicidade virou um item de consumo como a busca do mais novo iphone e repetem o velho jargão; a fila tem que andar. Muitas vezes não existe um ceticismo mas também não existe uma esperança.
Se pegarmos cada ponto falado e questionarmos o porque da opinião, vamos descobrir que há uma certa hipocrisia tanto dos mais velhos quanto dos mais jovens. Exemplificando; quando os mais velhos falam que os jovens são mais volúveis não se reportam à sua juventude, com seus preconceitos, com sua falta de liberdade, com imposições familiares. Relacionamento era algo complicado. Embarcou em uma canoa furada, não se tinha como sair. Ou você tentava tapar o buraco e levar uma vida medíocre ou afundava. Sair do lodaçal do fundo deste rio da vida era muito triste, principalmente para a mulher.
Com tantas restrições a um relacionamento mais íntimo e com tão poucas experiências, pergunto; quantos casamentos da velha-guarda realmente deram certos e quantos são meras teatralização.
Pegando uma posição dos mais jovens quando dizem que a fila tem que andar, pergunto-me por que?
Existe uma necessidade real de se trocar de companheiro (a) a todo momento. O que leva a estes desencontros? Será que é a existência de uma extrema liberdade de se relacionar?
Acho que não. Existe aí também uma dose de hipocrisia. Procurar a felicidade, a paz e o amor passa com certeza por uma estabilidade no relacionamento. O tempo promove os grandes encontros e quem não quer amar e ser amado?
Críticas velhas e críticas novas, exemplos novos e exemplos velhos. São muitos e o que é certo?
O que é certo, não sei, mas o que é errado, com muitas décadas de vida aprendi a reconhecer.
É errado não acreditar que existe uma pessoa que você amará profundamente.
É errado não acreditar que você possa encontrá-la.
É errado não acreditar que você possa cativá-la
É errado não acreditar que ela possa amá-lo
É errado não acreditar que nós possamos ser felizes, apesar das diferenças e semelhanças.
Acreditei e não errei. Encontrei. Se é eterno não sei. Sei que amo e estou em Paz.
Valeu a crença, perdeu a descrença.
Depois de tentar interpretar, tento entender. Faço cara de bobo e dou corda. Incentivo a que falem sobre o casamento.
Pessoas mais velhas tendem a criticar o comportamento volúvel dos jovens. Repetem quase sempre que a seriedade do relacionamento já não mais existe. A família está acabando e citam na maioria das vezes o seu exemplo de casamento. Tendem a ser céticos e preconceituosos com possíveis relacionamentos não convencionais.
Os mais jovens não acreditam em relacionamento muito duradouros. A busca da felicidade virou um item de consumo como a busca do mais novo iphone e repetem o velho jargão; a fila tem que andar. Muitas vezes não existe um ceticismo mas também não existe uma esperança.
Se pegarmos cada ponto falado e questionarmos o porque da opinião, vamos descobrir que há uma certa hipocrisia tanto dos mais velhos quanto dos mais jovens. Exemplificando; quando os mais velhos falam que os jovens são mais volúveis não se reportam à sua juventude, com seus preconceitos, com sua falta de liberdade, com imposições familiares. Relacionamento era algo complicado. Embarcou em uma canoa furada, não se tinha como sair. Ou você tentava tapar o buraco e levar uma vida medíocre ou afundava. Sair do lodaçal do fundo deste rio da vida era muito triste, principalmente para a mulher.
Com tantas restrições a um relacionamento mais íntimo e com tão poucas experiências, pergunto; quantos casamentos da velha-guarda realmente deram certos e quantos são meras teatralização.
Pegando uma posição dos mais jovens quando dizem que a fila tem que andar, pergunto-me por que?
Existe uma necessidade real de se trocar de companheiro (a) a todo momento. O que leva a estes desencontros? Será que é a existência de uma extrema liberdade de se relacionar?
Acho que não. Existe aí também uma dose de hipocrisia. Procurar a felicidade, a paz e o amor passa com certeza por uma estabilidade no relacionamento. O tempo promove os grandes encontros e quem não quer amar e ser amado?
Críticas velhas e críticas novas, exemplos novos e exemplos velhos. São muitos e o que é certo?
O que é certo, não sei, mas o que é errado, com muitas décadas de vida aprendi a reconhecer.
É errado não acreditar que existe uma pessoa que você amará profundamente.
É errado não acreditar que você possa encontrá-la.
É errado não acreditar que você possa cativá-la
É errado não acreditar que ela possa amá-lo
É errado não acreditar que nós possamos ser felizes, apesar das diferenças e semelhanças.
Acreditei e não errei. Encontrei. Se é eterno não sei. Sei que amo e estou em Paz.
Valeu a crença, perdeu a descrença.
Passarinho na muda não pia
Este é um achado que nos ensina muita coisa quando estamos fragilizado. Aí vai:
Época de migração. Muitas espécies de ave voando do sul da Argentina para o centro-oeste do Brasil. Uma das aves, um tanto quanto enrolada, atrasou. Iniciou viagem com início da muda. Suas penas já estavam caindo. Voava incessantemente tentando fugir o mais rápido possível do frio. Ao passar pelos pampas gaúcho foi pega por um borrasca. Com as penas já escasseando e com um vento intenso, o frio era terrível. Ela não aguentou. Nossa pequena ave perdeu a consciência, rodopiou no ar e entrou em queda livre.
Acordou, estava viva. Respirou fundo. Merda!!!!
Tinha caído em um monte de estrume deixado por uma manada de bois que tinha passado instantes atrás.
Exultante começou a piar, não atentando para um gatinho que estava muito próximo.
Nhaccc!! O gatinho comeu a ave.
Moral da história:
1 - Nem sempre quando você está na merda, você está na pior.
2 - Passarinho na muda não pia.
3 - Nem sempre quem de tira da merda está querendo o seu bem
Tchauuuuuuu
Época de migração. Muitas espécies de ave voando do sul da Argentina para o centro-oeste do Brasil. Uma das aves, um tanto quanto enrolada, atrasou. Iniciou viagem com início da muda. Suas penas já estavam caindo. Voava incessantemente tentando fugir o mais rápido possível do frio. Ao passar pelos pampas gaúcho foi pega por um borrasca. Com as penas já escasseando e com um vento intenso, o frio era terrível. Ela não aguentou. Nossa pequena ave perdeu a consciência, rodopiou no ar e entrou em queda livre.
Acordou, estava viva. Respirou fundo. Merda!!!!
Tinha caído em um monte de estrume deixado por uma manada de bois que tinha passado instantes atrás.
Exultante começou a piar, não atentando para um gatinho que estava muito próximo.
Nhaccc!! O gatinho comeu a ave.
Moral da história:
1 - Nem sempre quando você está na merda, você está na pior.
2 - Passarinho na muda não pia.
3 - Nem sempre quem de tira da merda está querendo o seu bem
Tchauuuuuuu
Ode de meus filhos
Não vai nenhuma vaidade nem orgulho mas achei maravilhosa a homenagem que meus filhos fizeram no meu aniversário. Eles são quatro; Carolina, a mais velha, Junior ( o mais velho ), Anna Carolina ( Carolzinha - a mais nova ) ; todos acima dos 20 anos e por fim, Rairon com 1 ano e 5 meses , o mais novo. Acredito que com esta pequena explicação aqueles que não conhecem minha família possam se situar no contexto.
Todos falaram coisa maravilhosas que me emocionaram profundamente, até o menorzinho dizendo papaiiêê. Mas um deles registrou aquilo que falou e que de certa maneira resume também o que os outros falaram. Leiam:
Todos falaram coisa maravilhosas que me emocionaram profundamente, até o menorzinho dizendo papaiiêê. Mas um deles registrou aquilo que falou e que de certa maneira resume também o que os outros falaram. Leiam:
Pai: Aquele que tem um ou mais filhos; Gerador; genitor;
progenitor;
Criador;
autor. Sendo autor, eis suas obras: Carolina, Rilden (Junior), Anna Carolina e
Rairon. Não tenhas dúvida, escreveste, conosco, nossa história.
Em Moçambique, significa distribuidor de
estupefacientes. Aquele que entorpece, estimula a subjetividade. Quem nos
estimula a sonhar.
Entre
tantos sonhos distintos, sociólogo, química e médica, a crença no outro no ato
de ensinar ou cuidar. Não fizemos do outro o inferno, fizemos o céu. O nosso
céu. Entre o bem e mal, estimulou-nos a tocar as nuvens mesmo que, para isso,
fosse necessário “bailar” com nossos demônios. Como sempre nos disse: “Pra ver
Deus é preciso morrer!”.
Quando tivemos a ideia de falarmos
um pouco sobre você, em sua festa, de pronto, faltaram palavras. Fiquei,
realmente, sem saber o que expressar. Ao mesmo tempo em que queria gritar ao
mundo que você, mais que genitor, era meu Criador de carne e osso, sem mistério
ou santidade, não sabia como fazê-lo.
Propus-me, então, o seguinte
exercício. De forma cronológica, perceber quais lembranças saltava-me a mente,
da infância até aqui. Talvez, esses quatro momentos me permitissem interpretar
o significado da palavra Rilden, em minha existência.
1) Tinha cinco, talvez seis anos.
Fui fazer xixi no mato, pisei em uma garrafa e cortei o calcanhar. Perdi a
força no pé e cai. Chorei muito alto (eu sou muito bom nisso!). Alguém
(realmente, não me lembro quem) pegou-me e entregou-me a ti. Levaste-me para
casa, no colo. Fizeste-te o curativo. Velaste, em sequência, meu sono. Tais
lembranças me pareciam tão vivas, que pude sentir a dor novamente. Tirei o
sapato e lá estava a cicatriz. Depois de vinte e cinco anos, esse momento
continua, literalmente, marcado em mim.
2) Eu tinha uns oito anos. Adorava
Ra-Tim-Bum. Tinha um quadro dentro do programa que o garotinho tentava
encontrar o Léo, seu leãozinho de pelúcia, que havia sumido. Lembro-me da
canção: “Cadê o Léo, Cadê o Léo, o Léo onde é que está?!” Quando escutava o
pino da garagem baixar, saia em disparada e voava pelas escadas para contar as
desventuras do garotinho na procura do Léo. “Pai, ele entrou dentro da máquina
de lavar pra procurar o Léo! Existe um mundo dentro da máquina!”. “Que legal! E
o que tem nesse mundo?!”. Com o uniforme cinza da CSN, por vezes sujo de graxa,
sempre mostrava entusiasmo com a “super” história do Léo.
3) Campeonato de juvenil de tênis.
Havia chegado invicto a final do campeonato o que, pelo regulamento,
permitia-me perder um jogo. Enfim, se perdesse o 1º jogo, tinha direito a uma
nova partida. E perdi a primeira. Estava, emocionalmente, descontrolado. Morria
de medo de perder, no fundo, não queria envergonhá-lo. Afastei-me de todo mundo
e quando dei por mim você já estava ao meu lado. Falamos de amenidades, e
quando fui chamado para voltar à quadra, você me disse algo sobre a importância
“para além de ganhar ou perder”, sobre dar o melhor que puder. A frustração não
reside na derrota, mas na desistência. Venci o jogo e o campeonato, mas o mais
importante foi não desistir e ter dado o meu melhor.
4) Batizado do Rairon. Após a
cerimônia, fizeste um churrasco. Logo no início da comemoração chamou-me,
juntamente com Carolzinha, para conversamos. Com a voz trêmula e os olhos
marejados, explicou porque nos escolheu, padrinho e madrinha, do pequenino.
“Quando eu faltar, não faltem. Passem o que somos para ele.”. Você acreditou em
nós. Acreditou em si. Acreditou em Deus. Um Albuquerque acredita no outro, um
Albuquerque nunca abandona outro Albuquerque.
Durante o exercício que me propus, me emocionei e
gargalhei sozinho. Depois olhei os momentos que a memória elencou para mim.
Não, não me veio minha formatura. Não me veio momentos de grandes escolhas.
Vierem-me momentos simples, em que percebi que estava do meu lado. São nesses
pequenos gestos que nos forjamos para as grandes “batalhas”. São esses momentos
que, absolutamente, ficam e ensinam. Quer saber o que aprendi?
Aprendi
que, quando me faltar às pernas, terei seus braços. Aprendi que sempre estará
disposto e entusiasmado para me ouvir. Aprendi que sua maior vitória foi nunca
ter desistido de si e dos seus. Aprendi a ter crença. Em mim e nos meus. Em
Deus.
Rilden:
Nosso autor; Nosso criador de carne e osso; Estimulador de sonhos. Aquele que
nos fez acreditar; Aquele que nos ouve; Aquele que nos ensina...
Aquele
que, simplesmente, nos ama. Nosso papaiiii!
terça-feira, 20 de agosto de 2013
A urubu e o pavão ( história do malfeito )
Achei esta história a um tempo a trás e achei fantástica.
Certa vez uma urubu fêmea pousada no mais alto galho de uma árvore contemplava seu bando voando e planando e pensava; como voamos veloz, de forma elegante e suave mas quando pousamos que tristeza como somos tão feios e desajeitados. Sua profunda meditação foi quebrada quando avistou um pavão caminhando graciosamente próximo a sua árvore. Ficou observando o seu porte majestoso, a sua bela plumagem e sua total incapacidade de voar.
Olhou e pensou, olhou de novo e pensou de como seria maravilhoso se pudessem juntar em uma só criatura a beleza do pavão e graciosidade do voo do urubu. Não satisfeita em deixar esta ideia só no imaginário, pensou em seduzir o pavão e quem sabe gerar a criatura mais incrível da natureza. Com um voo gracioso desceu da árvore e se aproximou do pavão. Houve muita azaração mas escusado dizer que o pavão não ficou estimulado, pois encarar uma urubu é dose. Mas o que ela tinha de feia, tinha de inteligência. Apelando para a vaidade do pavão que acredita ser a criatura mais bela da terra e sua ambição de ser o mais admirado em todo mundo, concordaram em gerar esta nova espécie que os encheria de orgulho a clã dos urubus e dos pavões..
Cruzaram e gestaram um ovo, de um azul bebe lindo, durante cinco lindas semanas. E eis, que quebrando o ovo com o biquinho, surge o seu lindo rebento....... o peru!!!!!
Moral da história:
Para se aventurar em algo que não conheça, meça bem as possíveis consequências.
Certa vez uma urubu fêmea pousada no mais alto galho de uma árvore contemplava seu bando voando e planando e pensava; como voamos veloz, de forma elegante e suave mas quando pousamos que tristeza como somos tão feios e desajeitados. Sua profunda meditação foi quebrada quando avistou um pavão caminhando graciosamente próximo a sua árvore. Ficou observando o seu porte majestoso, a sua bela plumagem e sua total incapacidade de voar.
Olhou e pensou, olhou de novo e pensou de como seria maravilhoso se pudessem juntar em uma só criatura a beleza do pavão e graciosidade do voo do urubu. Não satisfeita em deixar esta ideia só no imaginário, pensou em seduzir o pavão e quem sabe gerar a criatura mais incrível da natureza. Com um voo gracioso desceu da árvore e se aproximou do pavão. Houve muita azaração mas escusado dizer que o pavão não ficou estimulado, pois encarar uma urubu é dose. Mas o que ela tinha de feia, tinha de inteligência. Apelando para a vaidade do pavão que acredita ser a criatura mais bela da terra e sua ambição de ser o mais admirado em todo mundo, concordaram em gerar esta nova espécie que os encheria de orgulho a clã dos urubus e dos pavões..
Cruzaram e gestaram um ovo, de um azul bebe lindo, durante cinco lindas semanas. E eis, que quebrando o ovo com o biquinho, surge o seu lindo rebento....... o peru!!!!!
Moral da história:
Para se aventurar em algo que não conheça, meça bem as possíveis consequências.
domingo, 4 de agosto de 2013
Índice de Decisão ( ID ) = SP/SC
Sabe quanto você pensa em fazer algo muito bom que vai lhe trazer uma satisfação pessoal incrível.
Poxa, é melhor que um Prozac!!!!
Aí você para para pensar. Quais são os efeitos colaterais. Pensa em um, pensa em dois, em três e aí vem...
Um puta sentimento de culpa.
O que fazer ???
Pensando neste assunto, nesta dicotomia, perguntei como me comportaria. Disse a mim mesmo; depende.
Depende de que?
Ora, do grau de satisfação comparado ao grau do sentimento de culpa para a ação que vou tomar.
Pensei; como se mede isto. Não sei, mas posso criar um índice.
Então faço uma proposta; vamos criar o Índice de Decisão. Será assim:
O grau de Satisfação Pessoal e Sentimento de Culpa varia de 0 a 10. A soma dos dois para uma mesma ação deverá ser sempre dez, assim se você acha que a satisfação pessoal para uma ação que irá tomar vale 7, o grau de sentimento de culpa será 3. Acredito que tenha uma lógica por trás destes princípios, mas não vamos discutir isto agora e sim os resultados.
Assim teríamos que o Índice de Decisão seria igual a Satisfação Pessoal dividido pelo Sentimento de Culpa. Logo, teremos a seguinte fórmula:
ID = SP/SC.
O ponto de equilíbrio neste índice é quando ele for igual a 1. Isto não significa que você é uma pessoa equilibrada quando tende para esta posição na maioria de suas ações, pois vejamos:
Para isto ocorrer significa que sua satisfação pessoal é 5 e seu sentimento de culpa é 5. Possivelmente isto significa que você é um travado. É o tipo do cara que não caga e nem desocupa a moita. Deve ser um grandíssimo puxa-saco. A probabilidade de ser demitido do emprego é quase zero.
Para analisarmos melhor este índice dividiremos em duas curvas; Curva Positivista ( CP ) quando o ID for maior que 1 e Curva Negativista ( CN ) quando menor que 1. Na condição de ser igual a 1 chamaremos de ponto de travamento PT ( não vai aqui nenhuma alusão ).
Analisando a Curva Positivista para os números inteiros teríamos:
a) (6/4) - ID = 1,5
Isto indica que você é uma pessoa preocupada com o seu entorno. Pensa sempre em não prejudicar as pessoas. Sofre um pouco. É um bom camarada, mas não serve para ser chefe.
b) (7/3) - ID = 2,3
Você é uma pessoa alegre. Um tanto afoito. Não mede muito bem a consequência dos seus atos. É meio entrão. Meio 171. Tem uma carreira promissora na área gerencial.
c) (8/2) - ID = 4
Você é totalmente egocêntrico e egoísta. Ainda tem amor por seus pais desde que eles continuem a lhe sustentar integralmente. A vaidade é o menor dos seus pecados. Quando inteligente dará um ótimo executivo, se não for tanto, um artista global.
d) (9/1) - ID = 9
Você é um psicopata, sociopata e outros pata. Você não tem conceito do que é certo ou errado. As pessoas do mundo só existem pra satisfazer o seu desejo. Você tem que ser mantido em um Gulag Psiquiátrico na Sibéria, isto é, se os russos o aceitarem.
e) (10/0 ) - ID = singularidade
Você desgraçado, é o filho do Demo. Você é um genocida. Veio a Terra para acabar com a Humanidade.
Você é o Armagedom. Xô Satanás.....
Analisando a Curva Negativista, ainda para os números inteiros, teríamos:
f) ( 4/6 ) - ID = 0,7
Você pensa em todos e em tudo. Sofre com o seu entorno. É o bom camarada chato, pois muitas idéias vem em sua mente e você repete, repete e repete. Tem chances de ser um grande ambientalista.
g) ( 3/7) - ID = 0,4
Você sofre por todos e por você. Você é um poeta romântico, um parnasiano. Um excelente par para a Maysa ( maior cantora de fossa, já falecida ) se ela ainda estivesse por aqui. Se não for um compositor de música de fossa você poderá ser um excelente bibliotecário.
h) (2/8) - ID = 0,25
Você é um depressivo nato. Seu sentimento de culpa é exorbitante. Deve viver a base Rivotril. Hardy, a hiena, perto de você é um Augusto Comte. Se fizer sucesso tem grande possibilidade de ser uma nova Amy Winehouse.
i) ( 1/9) - ID = 0,1
Você tem síndrome do pânico e dorme em baixo da cama. Relacionamento pessoal com você, nem o espelho. Ficar em um isolamento psiquiátrico para você é o Paraíso. Prozac, Rivotril, Lexotan e congêneres são placebos para você. Sem esperança.
j) (0/10) - ID = 0
Não existe. Você traz todos os pecados do Mundo nas suas costas. Só a vinda do Salvador explicaria tal caso.
Com esta proposta, aonde você se encaixa??!!!
Tem que ser herói(na) senão nem o cheiro segura ( curta )
Gente
Para comer um quilo de sal com alguém, tem que ser seu herói.
Imagina você chegando em casa, estropiado do labor do dia e sua(seu) companheira(o) começa:
- Sabe fulano, que trabalha comigo, comprou um carrão. Também pudera, é um cabeção. Veio trabalhar aqui ganhando o dobro.
- E o sicrano, anda com cada roupa!!!! Ele é muito elegante!!!!
- E o Julião, a esposa me convidou para dar uma passada lá na casa dela. Puxa que capricho o Julião tem com a casa. Tudo certinho, não tem nada quebrado.
E vai por aí a fora todo santo dia. Você pensa; porra será que não sirvo para nada?!
Não há tesão ou cheiro bom que resista. O saco vai explodir.
Se você não for o herói, não encara, é fria.
Para comer um quilo de sal com alguém, tem que ser seu herói.
Imagina você chegando em casa, estropiado do labor do dia e sua(seu) companheira(o) começa:
- Sabe fulano, que trabalha comigo, comprou um carrão. Também pudera, é um cabeção. Veio trabalhar aqui ganhando o dobro.
- E o sicrano, anda com cada roupa!!!! Ele é muito elegante!!!!
- E o Julião, a esposa me convidou para dar uma passada lá na casa dela. Puxa que capricho o Julião tem com a casa. Tudo certinho, não tem nada quebrado.
E vai por aí a fora todo santo dia. Você pensa; porra será que não sirvo para nada?!
Não há tesão ou cheiro bom que resista. O saco vai explodir.
Se você não for o herói, não encara, é fria.
sábado, 27 de julho de 2013
Alma e Lama - Um Anagrama Divino.
Sempre me chamou a atenção a parábola onde o Criador fez o homem de barro soprando em suas narinas. Consultei a Bíblia, capítulo Gênesis, e confirmei que não existe nada explicitando com qual material fomos criados, somente com quem somos parecido.
Acredito que esta parábola, fábula ou lenda venha da cultura judaica. Lembremo-nos da criação dos Golem, seres feito de terra pelos quais grandes sábios judeus procuraram a receita de fabricação assim como nossos alquimistas ocidentais procuraram pela Pedra Filosofal.
Não importa, isto ficou no credo popular da nossa religião cristã ocidental. Se perguntar as pessoas de que material o homem foi criado a maioria dirá; de barro.
Esta visão de criação do homem no credo popular cristão traz alguns questionamento interessantes.
O homem poderia ser criado de um material mais nobre, ouro ou diamante, ou quem sabe de água cristalina para representar a pureza da criação ou quem sabe de ar concentrado para nos aproximarmos dos anjos.
Não, ele foi feito de barro. Particularmente acredito de lama pois historicamente seria mais correto, afinal nossos ancestrais vieram da África e cientificamente também, pois somos seres a base de carbono e estamos mais para grafite do que diamante.
Ora, porque o Criador soprou sua essência divina em um monte de lama ( para os mais puristas; barro; o que é a mesma coisa, só muda a cor ) ?
Esta essência divina soprada que podemos chamar de Alma se mistura ao que é mais mundano e impuro em nosso planeta, um monte de Lama que podemos chamar de Corpo.
Isto somos nós, Alma e Lama, um anagrama divino. Trazemos em nosso corpo todo o conhecimento da Criação. Somos a lama de pó da degeneração das grandes estrelas. Decaímos no esquecimento.
Com o Sopro Divino recriaremos toda a memória da Criação ( isto é um Credo ). Eras se passarão até sermos Uno com o Criador.
Porque disto?
Este é o Grande Mistério e o Grande Dogma.
Por que nos separamos do Criador e deixamos de ser Uno e passamos a ser Dual?
Por que precisamos conhecer o Bem e o Mal, por que temos que Errar e Consertar, por que temos que ser Lama e Alma?
A nossa realidade é clara. As nossas dúvidas são dantescas. Mas o que importa é que tenhamos consciência do que somos e acreditar que um dia Alma e Lama seja uma única Palavra.
Até lá, rezemos para escolher o caminho mais curto pois todos os caminhos levam ao Criador ( isto é um Credo ).
Acredito que esta parábola, fábula ou lenda venha da cultura judaica. Lembremo-nos da criação dos Golem, seres feito de terra pelos quais grandes sábios judeus procuraram a receita de fabricação assim como nossos alquimistas ocidentais procuraram pela Pedra Filosofal.
Não importa, isto ficou no credo popular da nossa religião cristã ocidental. Se perguntar as pessoas de que material o homem foi criado a maioria dirá; de barro.
Esta visão de criação do homem no credo popular cristão traz alguns questionamento interessantes.
O homem poderia ser criado de um material mais nobre, ouro ou diamante, ou quem sabe de água cristalina para representar a pureza da criação ou quem sabe de ar concentrado para nos aproximarmos dos anjos.
Não, ele foi feito de barro. Particularmente acredito de lama pois historicamente seria mais correto, afinal nossos ancestrais vieram da África e cientificamente também, pois somos seres a base de carbono e estamos mais para grafite do que diamante.
Ora, porque o Criador soprou sua essência divina em um monte de lama ( para os mais puristas; barro; o que é a mesma coisa, só muda a cor ) ?
Esta essência divina soprada que podemos chamar de Alma se mistura ao que é mais mundano e impuro em nosso planeta, um monte de Lama que podemos chamar de Corpo.
Isto somos nós, Alma e Lama, um anagrama divino. Trazemos em nosso corpo todo o conhecimento da Criação. Somos a lama de pó da degeneração das grandes estrelas. Decaímos no esquecimento.
Com o Sopro Divino recriaremos toda a memória da Criação ( isto é um Credo ). Eras se passarão até sermos Uno com o Criador.
Porque disto?
Este é o Grande Mistério e o Grande Dogma.
Por que nos separamos do Criador e deixamos de ser Uno e passamos a ser Dual?
Por que precisamos conhecer o Bem e o Mal, por que temos que Errar e Consertar, por que temos que ser Lama e Alma?
A nossa realidade é clara. As nossas dúvidas são dantescas. Mas o que importa é que tenhamos consciência do que somos e acreditar que um dia Alma e Lama seja uma única Palavra.
Até lá, rezemos para escolher o caminho mais curto pois todos os caminhos levam ao Criador ( isto é um Credo ).
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Manual do bom relacionamento
Manual
de Manutenção p/ um Bom Relacionamento ( uso diário ):
1- Lembre-se sempre que a relação é de Eu para Tu, nunca de Eu para Isto.
2- Compreensão é primordial. Gente tem necessidades diferentes.
3- Use sempre sua inteligência, pois pessoas têm experiências passadas diferentes.
4- Liberdade é essencial. Liberdade é ter compromisso com o que ( quem ) se quer.
5- Transparência é imprescindível. As dúvidas em relação ao Tu não pode existir. Pergunte e não deite com dúvidas.
6- Cative sempre. Os detalhes são essenciais.
7- O mundo é mutante. Mude, mas não esqueça de chamar atenção do Tu.
8- Ser fiel e leal é a base de um sentimento chamado Confiança. Confie.
9- A Verdade é o antídoto de um grande sofrimento. Use-a sempre.
10- Ame-me como a ti mesmo. Quando isto deixar de existir, use o item anterior.
1- Lembre-se sempre que a relação é de Eu para Tu, nunca de Eu para Isto.
2- Compreensão é primordial. Gente tem necessidades diferentes.
3- Use sempre sua inteligência, pois pessoas têm experiências passadas diferentes.
4- Liberdade é essencial. Liberdade é ter compromisso com o que ( quem ) se quer.
5- Transparência é imprescindível. As dúvidas em relação ao Tu não pode existir. Pergunte e não deite com dúvidas.
6- Cative sempre. Os detalhes são essenciais.
7- O mundo é mutante. Mude, mas não esqueça de chamar atenção do Tu.
8- Ser fiel e leal é a base de um sentimento chamado Confiança. Confie.
9- A Verdade é o antídoto de um grande sofrimento. Use-a sempre.
10- Ame-me como a ti mesmo. Quando isto deixar de existir, use o item anterior.
Gênesis e o Credo ( Bom Começo)
Estou tentando iniciar. A ideia principal está na mente. Como colocar algo no papel, que não é mais papel e sim uma tela?
O que está claro mim, pode ser confuso para aqueles que um dia poderão ter "saco" para ler o que escrevo, consequência do que penso.
Não importa, quero falar sobre o Início. Nada sobre um início estrondoso mas sobre o início de ser gente.
Em minhas peregrinações em Volta Redonda e as vezes nas megalópoles vizinhas e em contato com o pessoal, sendo este profissional, social, familiar e outras formas, observo as constantes mudanças na maneira de pensar, de se expressar, de tomar decisões ou não tomar, o que é mais comum e de agir. A variância é grande. Tem me chamado atenção.
O porque disto, tenho me perguntado.Talvez não tenha encontrado muitas respostas mas algo me parece comum a esta estranha mutabilidade. A falta de Credo.
Ter Credo, ter princípios claros arraigados em nossa mente. Princípios éticos, psico/e sociais, familiares, profissionais e mais alguns. Resumindo, o que você acredita ser o seu caminho nesta vida. O Seu Credo será o que você é e o que você faz. A ele você fará os seus votos.
Será obediente ao seu Credo. Se ele não lhe atende, faz você fugir do que você é, mude-o mas seja fiel a ele.
Seja casto em relação ao seu Credo. Ele é só seu. Você o criou, vivenciou, aprimorou, colocou do jeito que você é, não o troque por outro por ser "fashion", por inveja ou por ser impregnado pela mídia. Este outro Credo não é o que você é e faz. Este tipo de atitude com certeza o levará a uma crise psico/emocional pois não será aquilo que é e não fará o que quer.
Seja pobre com seu Credo. Ele terá poucos princípios que são essenciais para você. Quem tem milhares de princípios não tem nenhum e simplesmente viverá no Caos.
Hoje a quantidade de informação a que temos acesso é infindável. Seria um tempo maravilhoso para avançarmos materialmente e espiritualmente mas não é isto que estamos vivenciando neste Mundo. Crises após crises. E em que acreditamos?
A ética religiosa sendo corrompida em todo Mundo, não importa se é em Roma ou em Meca.
A ética psico/social sendo questionada por todos. O que é aceitável, o que é inaceitável?
A ética profissional deixa muito a desejar. Grandes escândalos surgem a todo instante.
O mundo está ruim???
Com certeza não. Melhoramos muito. Imagine o Mundo a 100, 200 ou 300 anos atrás sobre este mesmo enfoque. O principio básico sobre o direito a Vida não existia. Liberdade Física nem pensar, Liberdade de Expressão, não existia, Informação, o que é isto?
O que falamos aqui é de oportunidade de um crescimento mais acelerado. Hoje temos uma base de informação fantástica mas a grande maioria é amorfa para ser e fazer. Parecem filtro de malha grossa onde a informação passa de um lado para o outro e nada é retido, nada é processado.
Falta Credo, falta acreditar, falta ser, falta fazer.
Até a próxima.
O que está claro mim, pode ser confuso para aqueles que um dia poderão ter "saco" para ler o que escrevo, consequência do que penso.
Não importa, quero falar sobre o Início. Nada sobre um início estrondoso mas sobre o início de ser gente.
Em minhas peregrinações em Volta Redonda e as vezes nas megalópoles vizinhas e em contato com o pessoal, sendo este profissional, social, familiar e outras formas, observo as constantes mudanças na maneira de pensar, de se expressar, de tomar decisões ou não tomar, o que é mais comum e de agir. A variância é grande. Tem me chamado atenção.
O porque disto, tenho me perguntado.Talvez não tenha encontrado muitas respostas mas algo me parece comum a esta estranha mutabilidade. A falta de Credo.
Ter Credo, ter princípios claros arraigados em nossa mente. Princípios éticos, psico/e sociais, familiares, profissionais e mais alguns. Resumindo, o que você acredita ser o seu caminho nesta vida. O Seu Credo será o que você é e o que você faz. A ele você fará os seus votos.
Será obediente ao seu Credo. Se ele não lhe atende, faz você fugir do que você é, mude-o mas seja fiel a ele.
Seja casto em relação ao seu Credo. Ele é só seu. Você o criou, vivenciou, aprimorou, colocou do jeito que você é, não o troque por outro por ser "fashion", por inveja ou por ser impregnado pela mídia. Este outro Credo não é o que você é e faz. Este tipo de atitude com certeza o levará a uma crise psico/emocional pois não será aquilo que é e não fará o que quer.
Seja pobre com seu Credo. Ele terá poucos princípios que são essenciais para você. Quem tem milhares de princípios não tem nenhum e simplesmente viverá no Caos.
Hoje a quantidade de informação a que temos acesso é infindável. Seria um tempo maravilhoso para avançarmos materialmente e espiritualmente mas não é isto que estamos vivenciando neste Mundo. Crises após crises. E em que acreditamos?
A ética religiosa sendo corrompida em todo Mundo, não importa se é em Roma ou em Meca.
A ética psico/social sendo questionada por todos. O que é aceitável, o que é inaceitável?
A ética profissional deixa muito a desejar. Grandes escândalos surgem a todo instante.
O mundo está ruim???
Com certeza não. Melhoramos muito. Imagine o Mundo a 100, 200 ou 300 anos atrás sobre este mesmo enfoque. O principio básico sobre o direito a Vida não existia. Liberdade Física nem pensar, Liberdade de Expressão, não existia, Informação, o que é isto?
O que falamos aqui é de oportunidade de um crescimento mais acelerado. Hoje temos uma base de informação fantástica mas a grande maioria é amorfa para ser e fazer. Parecem filtro de malha grossa onde a informação passa de um lado para o outro e nada é retido, nada é processado.
Falta Credo, falta acreditar, falta ser, falta fazer.
Até a próxima.
A Alma e o Celular
A Alma, tema de um livro onde dois teólogos cristão tentam definir a Alma. O que é, como age e como encontrá-la. O livro contém belas passagens mas fica bastante confuso nas suas definições.
O que é Alma?
Em algumas passagens definem como uma criação de Deus, em outras definem como uma parte de Deus e em outras como algo inerente a Criação.
Como age a Alma?
A Alma em algumas partes é algo totalmente independente do Corpo. Aparentemente Alma e Corpo tem vontades independentes. Em outro trecho, o Corpo é um simplesmente um envoltório da Alma ou seja a Alma age através do Corpo. Outra situação é uma condição intermediária entre vontades da Alma e Corpo onde existem alguns conflitos.
Como encontrar a sua Alma?
Aí a coisa complica. Apesar dos diversos conselhos para encontrar a sua Alma fiquei meio bolado porque eu sou a Alma , a Alma sou eu e como eu me encontro? Esclarecer esta situação leva uns bons anos de psicanálise.
Fiquei pensando o que eu diria se uma criança me perguntasse o que é Alma. Aí eu lembrei do celular.
Diria, filho, a Alma é como se fosse um "chip" fabricado por Deus e o Corpo é como se fosse um aparelho de fabricação da mamãe e do papai. Um não funciona sem o outro. Para o celular funcionar ele precisa de um chip e do aparelho. Assim é a Alma com o Corpo.
Quando você pega o "chip" e coloca no aparelho ele vem com o número do telefone que é só dele, assim é como nossa Alma. Quando Deus coloca uma Alma em nosso corpo ela vem com uma identidade que é só dela.
O "chip" precisa do celular para se comunicar com o Mundo, assim como a Alma precisa do nosso Corpo para ter contato com o Mundo através dos nossos sentidos, a audição, o olfato, o tato, paladar e visão.
O "chip" e o aparelho já trazem consigo uma série de informações que você não precisa aprender. Você já sabe desde que nasceu. Exemplo, meu filho, o medo. Você não precisa aprender, ele já vem com você. Você precisa dele para ficar vivo.
Mas a maior parte do que você precisa conhecer para crescer, você terá que aprender, assim como o aparelho celular. Para ser um bom aparelho tem que ter uma agenda boa, um local para você anotar lembretes, um arquivinho de música para escutar quando vai para escola, um "whatsapp" para se comunicar e enviar foto aos amigos e muitas outras coisas.
A nossa Alma não vem completa, ela vem incompleta e precisa ser enchida aqui na Terra. Nosso Corpo também precisa crescer e realizar muitos trabalhos. Os dois vão crescer juntos e toda esta história fica armazenada em nossa Alma. Quanto esta história ocupar todo arquivo da nossa Alma esta na hora de ela voltar a Deus. Algumas Almas voltam muito rápidas ( acho que o arquivo é pequeno ou criam informações muito rápido ), outras demoram bastante a voltar ( ou o arquivo é grande ou criam informações muito devagar ).
Acredito que possa parar por aqui com uma criança.
Fica aqui uma pergunta para nós adulto; o que é a nossa Alma.
O que é Alma?
Em algumas passagens definem como uma criação de Deus, em outras definem como uma parte de Deus e em outras como algo inerente a Criação.
Como age a Alma?
A Alma em algumas partes é algo totalmente independente do Corpo. Aparentemente Alma e Corpo tem vontades independentes. Em outro trecho, o Corpo é um simplesmente um envoltório da Alma ou seja a Alma age através do Corpo. Outra situação é uma condição intermediária entre vontades da Alma e Corpo onde existem alguns conflitos.
Como encontrar a sua Alma?
Aí a coisa complica. Apesar dos diversos conselhos para encontrar a sua Alma fiquei meio bolado porque eu sou a Alma , a Alma sou eu e como eu me encontro? Esclarecer esta situação leva uns bons anos de psicanálise.
Fiquei pensando o que eu diria se uma criança me perguntasse o que é Alma. Aí eu lembrei do celular.
Diria, filho, a Alma é como se fosse um "chip" fabricado por Deus e o Corpo é como se fosse um aparelho de fabricação da mamãe e do papai. Um não funciona sem o outro. Para o celular funcionar ele precisa de um chip e do aparelho. Assim é a Alma com o Corpo.
Quando você pega o "chip" e coloca no aparelho ele vem com o número do telefone que é só dele, assim é como nossa Alma. Quando Deus coloca uma Alma em nosso corpo ela vem com uma identidade que é só dela.
O "chip" precisa do celular para se comunicar com o Mundo, assim como a Alma precisa do nosso Corpo para ter contato com o Mundo através dos nossos sentidos, a audição, o olfato, o tato, paladar e visão.
O "chip" e o aparelho já trazem consigo uma série de informações que você não precisa aprender. Você já sabe desde que nasceu. Exemplo, meu filho, o medo. Você não precisa aprender, ele já vem com você. Você precisa dele para ficar vivo.
Mas a maior parte do que você precisa conhecer para crescer, você terá que aprender, assim como o aparelho celular. Para ser um bom aparelho tem que ter uma agenda boa, um local para você anotar lembretes, um arquivinho de música para escutar quando vai para escola, um "whatsapp" para se comunicar e enviar foto aos amigos e muitas outras coisas.
A nossa Alma não vem completa, ela vem incompleta e precisa ser enchida aqui na Terra. Nosso Corpo também precisa crescer e realizar muitos trabalhos. Os dois vão crescer juntos e toda esta história fica armazenada em nossa Alma. Quanto esta história ocupar todo arquivo da nossa Alma esta na hora de ela voltar a Deus. Algumas Almas voltam muito rápidas ( acho que o arquivo é pequeno ou criam informações muito rápido ), outras demoram bastante a voltar ( ou o arquivo é grande ou criam informações muito devagar ).
Acredito que possa parar por aqui com uma criança.
Fica aqui uma pergunta para nós adulto; o que é a nossa Alma.
Reflexões para um Novo Ano - Nossos Anjos & Nossos Demonios
Ficando mais velho estou tendendo a refletir sobre a Vida e
algumas vezes sobre a Morte. Um dos textos com mais significados que já tive a
oportunidade de ler é a Gênesis do Antigo Testamento.Tem uma interpretação que muito gosto que é a saída de Eva e
Adão do Paraíso.
E saída de nossos filhos ou da nossa própria saída da casa
de nossos pais.
Época da adolescência, o jovem adulto, tudo sabemos e tudo
criticamos dos nossos pais. Comemos a maçã da Árvore do Conhecimento.Nossos pais até este momento nos deram a Vida, a Comida, o
Abrigo e o Amor.
Alguns pais deram um pouco mais, outros um pouco menos.Não importa, eles nos sufocam, não nos entendem. Chega a
hora de partirmos. Mas e o medo?
Adão sempre deve medo da partida. Eva sempre foi mais
afoita. Concluam como quiserem!!
Eles partem como partimos ou por falta ou por excesso. Os
Anjos tomarão conta da casa de nossos Pais. Para outros que partem ficaram todos os Demônios. Finalmente
livres.
E agora??!!!
Vem o Suor e a Dor. Para todos, sem exceção. Dos mais
espertos, aos mais otários. Quando partiram do Paraíso, Adão tinha conhecimento de outra
árvore, a da Vida. Sabia que o fruto daquela árvore poderia fazê-lo retornar ao
Paraíso ou trazê-lo até ele. Mas como colher este fruto se o Pai o tinha
proibido de retornar ao Paraíso?
Beco sem saída!! E nós quando saímos e nossos filhos quando saem? O Paraíso do Colo (mental, físico, financeiro ) acabou.
Alguns acham que não, mas garanto, acabou !!! A Terra que agora é nossa, tem poucos habitantes. Vamos ter
que criar cada um deles para habitá-la.
Gente boa, gente ruim!!! Depende de nós ( música de passagem
de ano ).
Situação boa, situação ruim!!! Junte cada pessoa boa á uma situação boa e teremos Anjos.Junte uma pessoa ruim a uma situação ruim e teremos
Demônios.
Tudo Criação nossa. Geralmente aqueles que acreditaram que
os Anjos ficaram com o Pai, criarão muitos Anjos.Geralmente aqueles que partiram e acreditaram que deixaram
todos os Demônios com o Pai, criarão muitos demônios. Independente disto, todos queremos voltar ao Paraíso. Como
conseguir o fruto da Arvore da Vida?
Beco sem saída???
Talvez!!!!
O Pai não seria tão sacana em só nos dar um Caminho.
Acredito que ao chamá-la de Árvore da Vida nos deu uma dica!!! Quem frutificará não será a Árvore, seremos nós. Temos que
colher os nossos próprios frutos, semeados com a nossa Vida. Ao acreditar nisto penso: o que colherá uma pessoa que
semeou sua Vida com Demônios; o que colherá uma pessoa que semeou sua Vida com
Anjos.
Todos teremos que descer ao Inferno e dançarmos com nossos
Demônios, todos teremos que subir ao Paraíso e alegrarmos com nossos Anjos. Acredito ser o Caminho Universal. Todos somos filhos do
Criador e fomos feito de sua Essência. O quão mais rápido será esta passagem, só depende de nós.
Temos a Eternidade para fazê-la.
Marcamos sabiamente um ano, 365 dias, uma revolução da Terra
em torno do Sol para fazermos reflexões sobre a Vida e renovarmos nossas
Esperanças. Espero para mim, que em cada ano porvir consiga semear a
minha Árvore da Vida com mais Anjos que Demônios. Que os meus frutos sejam o Substantivo daquilo que acredito
ser o Bem, a Paz e o Amor.
Aos Meus Filhos, que perdoem seu pai caso tenha
criado muitos Demônios em suas vidas e desejo que seus frutos sejam bem mais vivificantes que o meus.
A minha Esposa que continue a ser meu Anjo Chefe (me
perdoe pelo desejo altamente egoísta)
E a vocês, Gente Boa, a quem tanto amo, desejo uma semeadura
com muitos Anjos e uma Colheita Divina para este Novo Ano que se inicia.
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